O governo tem pela frente um duro desafio para dissolver as resistências do agronegócio e do setor de serviços à reforma tributária. O agro, muitas vezes classificado como subtributado, nega pagar menos impostos e refuta mudanças. Já o setor de serviços condiciona seu apoio à desoneração da folha de pagamento (redução dos encargos cobrados sobre os salários), que o governo não pretende abordar nessa primeira fase - focada nos impostos sobre o consumo. Há anos, o setor de serviços lidera uma frente contrária à reforma no Congresso, defendendo a desoneração da folha e a criação de uma nova CPMF. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, descartou, porém, a recriação da CPMF e disse que a discussão dos tributos que incidem sobre a folha ficará para uma segunda etapa.


Bancada ruralista diz que não aceitará alíquota única na reforma

O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputado Pedro Lupion (PP-PR), disse ontem que o setor não aceitará uma alíquota única na reforma tributária. Ele chama de "guerra de narrativas" o discurso de que a agricultura é subtributada no Brasil.

"É preciso ver qual é a realidade em toda a cadeia produtiva: setor por setor, item por item, produto por produto", afirmou ele, em encontro com o secretário extraordinário da reforma tributária, Bernard Appy, mencionando os aspectos diferentes entre produtores de trigo, feijão, café e produtos industrializados. "Precisamos fazer entender que a nossa contribuição ao PIB seja positiva, e não punitiva, na hora de respeitar um setor importante como o nosso”, disse Lupion.

Para a ex-ministra e senadora Tereza Cristina, “Uma reforma tributária justa, que não traga aumento de impostos, que apresente soluções, como a simplificação e equidade entre os setores, além de beneficiar os consumidores, essa é a nossa defesa neste debate”, disse a Senadora em sua rede social. 

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