China e dólar esquentam embarque de carne e ativa a compra de boi
Com o dólar batendo na casa dos R$ 5,50, cresce a competitividade das exportações brasileiras de carne bovina. Com isso, relata a consultoria Agrifatto, os negócios com boi gordo nas praças de São Paulo já são fechados por R$ 285,00/@. Na bolsa de mercadorias B3, o contrato com vencimento para janeiro/21 valorizou-se 1,12% na segunda-feira, ficando cotado a R$ 285,60/@.
As exportações de carne bovina voltaram a apresentar força, com números semelhantes aos de novembro/20, compara a Agrifatto. Foram 40,68 mil toneladas de proteína bovina embarcadas nos últimos cinco dias úteis, resultando em uma média diária de 8,14 mil toneladas, 26% maior que a média de dezembro/20. Além disso, destaca a consultoria, o comparativo anual demonstra um crescimento de 53% na média diária embarcada.
Segundo a IHS Markit, a escassa oferta de animais prontos para abater continua prejudicando de forma severa o avanço adequado das escalas de muitas plantas frigorificas, o que resultou em uma nova rodada de valorização da arroba entre algumas praças pecuárias do país nesta terça-feira, 12 de janeiro.
Muitas unidades frigorificas iniciaram o ano de 2021 operando abaixo da capacidade operacional instalada, com casos de plantas abatendo menos de 50% de sua plena produção, devido à dificuldade na compra de boiadas. No geral os frigoríficos ainda operam com escalas de abate encurtadas, posicionadas entre dois e três dias úteis, segundo a IHS Markit.
A tendência é que os animais de safra estejam aptos ao abate apenas no final do primeiro trimestre do ano, condição que deve manter suporte aos preços da arroba, prevê a consultoria.
Paralelamente, a demanda externa pela carne bovina brasileira já mostra sólidos sinais de recuperação. Além do efeito cambial conferir maior competitividade ao produto nacional e estimular vendas ao exterior, crescem os relatos de novas compras requisitadas pela China no período, informa a IHS.
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