O presidente do Sindicarv-Sindicato das Indústrias e dos Produtores de Carvão Vegetal de Mato Grosso do Sul, Marcos Brito mostrou sua indignação através de um e-mail enviado aos produtores de carvão.

 

No texto, Brito resalta as dificuldades do setor, que não possui investimentos e políticas de incentivo por parte do governo. Ele cita o fato do produto valer a mesma coisa há oito anos, sendo que hoje os custos de produção são bem maiores. “É triste presenciar e testemunhar uma classe tão honrosa, corajosa, dedicada, forte e perseverante, se desfalecendo e perdendo as próprias esperanças diante de um cenário tão fragmentado e fragilizado em decorrência de uma crise que parece não ter fim, frente a tantos outros setores que prosperam cada dia mais e de um Estado que detém um crescimento com indicadores próximos ao da China”, escreveu o presidente.

 

Segundo ele, o produto que valia em 2005 R$ 100,00 o MDC, hoje, oito anos depois continua valendo a mesma coisa, sendo que a maioria dos produtos dobrou de preço. Sem falar que os custos eram muito menores, não se pagava engenheiros, nem tão pouco, projetos, recebiam a licença pronta do produtor rural, não tinham licenciamentos de carvoarias, nem tão pouco a legislação ambiental e trabalhistas com tantas exigências como atualmente, a lenha custava apenas a limpeza da área, era praticamente de graça, hoje, além de fazer todo o procedimento, alguns até jogam a semente para o fazendeiro.

 

Brito ainda defende que haja uma política diferenciada para um estado em desenvolvimento como Mato Grosso do Sul. “Com essa legislação ambiental federal que obriga que o parque Siderúrgico se torne autossuficiente em apenas dez anos, com um ciclo de colheita da silvicultura de sete anos. Se não fosse os incentivos fiscais do estado, seria insustentável e impraticável tal modelo, e o que faremos com a matéria prima oriundo do desenvolvimento?”. Ele ainda completa. “Queimar não pode, como o produtor cumprirá a lei para dar uma destinação a esse material? Manter áreas brutas, sem exploração? Mas e o papel social que o mesmo tem que cumprir sob pena de perder suas terras improdutivas para o INCRA! Se por um lado uma legislação proíbe o consumo, a outra obriga a tornar produtiva e a consumir!”.

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