Ontem, o prefeito cassado de Campo Grampo, Alcidez Bernal ganhou o direito de retornar ao cargo, porém poucas horas depois a liminar foi cassada e Gilmar Olarte voltou a ser o prefeito da Capital.


 A liminar foi dada pelo desembargador de plantão, Vladimir Abreu da Silva, que acatou pedido da assessoria jurídica da Câmara Municipal de Campo Grande. O despacho ocorreu à zero hora de hoje, deu a Gilmar Olarte (PP) novamente o cargo de prefeito.

 

Com a decisão, Bernal ficou apenas oito horas no cargo de prefeito. Ele não conseguiu esquentar a cadeira, apesar dos ex-secretários terem assumido o comando das pastas e até humilhado os
comissionados nomeados por Olarte. Eles invadiram o prédio e até fizeram a revistas nas bolsas de servidores e proibiram os atuais ocupantes de cargos comissionados de retirar os seus
objetos. Bernal comemorou a decisão da Justiça.



Por conta da invasão e troca dos miolos das fechaduras no prédio da Prefeitura de Campo Grande, os servidores municipais foram dispensados e secretários estão encontrando
dificuldade para despachar.


Para Edil Albuquerque, secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciência e
Tecnologia, Turismo e Agronegócio, a atitude prejudica o trabalho dele de
atrair empresas.


Ele conta fazer três reuniões por manhã com empresários. Segundo Edil, ele negocia
a vinda de 110 empresas, que poderão gerar 8 mil empregos e investir R$ 800
milhões em Campo Grande.


Trabalham na sede da prefeitura, mas foram dispensados, segundo Edil, 1.500 servidores
públicos.


Edil afirmou nesta sexta-feira (16) que estava trabalhando quando teve a sala invadida por aliados do prefeito cassado Alcides Bernal (PP) na tarde de ontem.


Edil aguarda a chegada da perícia para saber se algum documento foi retirado do
local. “Eu estava atendendo o Chico Maia (presidente da Acrissul) quando tive a
sala invadida. Mantive a calma e pedi para que se retirassem, mas eles
invadiram assim mesmo”, conta.


Para ele, a situação causa insegurança aos servidores, tanto nomeados como de
carreira. “Fomos abordados com gritos e exigência. Vou pedir punição porque
muitos servidores ficaram feridos. Isso foi uma invasão, uma afronta”,
reclamou.


A ordem  judicial reconduzia apenas o prefeito Alcides Bernal ao cargo, mas a
administração acusa os secretários de terem se aproveitado da situação para
ferir funcionários e retomar os lugares que antes ocupavam. A decisão foi
revogada pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul próximo da meia-noite e
Olarte continua prefeito da Capital.


Essa instabilidade afeta todos os serviços do município e ainda afeta a credibilidade para trazer novos investidores e gerar emprego e renda aos cidadãos.

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