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Existe atualmente uma lista de especialistas os quais acreditam que o embargo da China à carne brasileira será suspenso rapidamente, entre os quais, está Carlos Cogo – consultor em agronegócio – que pontua que outros mercados não teriam como suprir a demanda chinesa. Cogo afirma: “os demais exportadores, Estados Unidos, Nova Zelândia, Austrália, Argentina, Paraguai e Uruguai, não teriam como suprir a lacuna deixada pelo Brasil, e este fator é decisivo e, provavelmente, vai ser determinante para que a China não prolongue o embargo”. O especialista lembra que “a cada três bois exportados pelo Brasil, dois vão para a China”.

Lembrou ainda Cogo que, pelo menos até o momento, a expectativa é de que a China importe cerca de 1,5 milhão de toneladas de carne bovina produzida no Brasil em 2023. Sendo assim, o país asiático seguirá como o principal destino do produto.

De fato, o especialista prevê que o embargo deve ser derrubado em breve, não obstante, pontua que caso as importações por Pequim não sejam retomadas o quanto antes, os preços do boi no mercado nacional tendem a seguir em queda. Cogo complementou: “o embargo chinês apenas aumenta mais a pressão negativa sobre os preços, mas é bom sempre falar que essa queda já é decorrente de um processo mais amplo, estrutural, de um ciclo positivo da pecuária brasileira, maior oferta de bezerros, maior oferta de fêmeas. A oferta cresceu e os preços estão declinando”, finalizou.