China pede investigação sobre carne Brasileira, medida pode afetar exportação
Se aprovado, uma medida de segurança chinesa poderá ser aplicada por até quatro anos, afetando significativamente os principais fornecedores do país, como Brasil, Austrália e Argentina, que podem sofrer com sobretaxas na carne bovina importada.
O Ministério do Comércio da China anunciou, em novembro do ano passado, a abertura de uma investigação na Organização Mundial do Comércio (OMC) sobre a carne bovina importada, em resposta às queixas dos pecuaristas chineses.
Eles alegaram que a entrada de carne estrangeira prejudicava os preços internos, prejudicando a competitividade dos produtores locais. A apuração, que cobre o período de 1 de janeiro de 2019 a 30 de junho de 2024, abrange todas as nações exportadoras de carne bovina para o mercado chinês.
Segundo Welber Barral, advogado da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), a resposta oficial da OMC pode levar até um ano. “É provável que haja qualquer interferência nas exportações ainda neste ano“, explicou.
Se for aprovado, uma medida de segurança chinesa poderá ser aplicada por até quatro anos, afetando significativamente os principais fornecedores do país, como Brasil, Austrália e Argentina, que podem sofrer com sobretaxas.
Exportação recorde e papel do Brasil
A investigação ocorre em um momento em que o Brasil alcança recordes históricos na exportação de carne bovina. Em 2024, o país exportou 2,89 milhões de toneladas, um aumento de 26% em relação a 2023, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), compilados pela Abiec. A China liderou como principal destino, adquirindo 1,33 milhão de toneladas, gerando uma receita de mais de US$ 6 bilhões para o Brasil.
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