Os preços do boi gordo fecharam a  ultima semana com estabilidade nas principais praças pecuárias do Brasil, porém a especulação baixista em torno da arroba segue forte, informa a S&P Global Commodity Insights. 

“As escalas de abate da maioria dos frigoríficos brasileiros permanecem longas e as indústrias que estão ativas no mercado não estão tendo dificuldades em encontrar boas ofertas de boiadas gordas”, destacam os analistas.

Porém, como as programações de abate se encontram estendidas para a segunda metade de junho, a maior parte das unidades frigoríficos tem segurado as ofertas de compra, preferindo trabalhar em ritmo de cautela. 

Com isso, diante da ausência dos compradores de gado, os preços da arroba registraram acomodação nesta sexta-feira. 

Segundo dados apurados pela Scot Consultoria, na praça paulista, o boi gordo segue valendo R$ 240/@, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas, respectivamente, por R$ 220/@ e R$ 230/@ (preços brutos e a prazo). 

A cotação do “boi-China” (abatido mais jovem, com até 30 meses) está apregoada em R$ 245/@ em São Paulo, no prazo, valor bruto, acrescenta a Scot.

Segundo levantamento da S&P Global Commodity Insights, a oferta de animais terminados permanece elevada nas principais praças pecuárias, sobretudo nas regiões do Centro-Norte do País. 

“Verifica-se um grande desequilíbrio entre oferta e demanda diante da maior disponibilidade de fêmeas gordas no mercado”, relata a S&P Global, acrescentando que o acréscimo nos abates de fêmeas reflete a inversão do ciclo pecuário para a fase de baixa, com destaque para as fortes quedas nos preços do bezerro. 

Na visão da consultoria, a especulação baixista deve continuar na próxima semana. 

O clima mais frio nas regiões pecuárias, situação que reduz a chance dos pecuaristas em continuar com a boiada nos pastos, deve continuar estimulando o processo de desova de animais terminados, acreditam os analistas. 

Na opinião da S&P Global, somente a partir do final de junho/23, o mercado esboça uma situação de maior equilíbrio na relação entre oferta e demanda, em razão de uma possível menor disponibilidade de animais para abate, após o intenso processo de desova da safra verificado nos últimos meses.

Cotações máximas de machos e fêmeas nesta sexta-feira, 2/6

SP-Noroeste:

boi a R$ 243/@ (prazo)
vaca a R$ 222/@ (prazo)

MS-Dourados:

boi a R$ 229/@ (à vista)
vaca a R$ 215/@ (à vista)

MS-C.Grande:

boi a R$ 231/@ (prazo)
vaca a R$ 217/@ (prazo)

MT-Cáceres:

boi a R$ 217/@ (prazo)
vaca a R$ 192/@ (prazo)

MT-Cuiabá:

boi a R$ 215/@ (à vista)
vaca a R$ 190/@ (à vista)

MT-Colíder:

boi a R$ 210/@ (à vista)
vaca a R$ 187/@ (à vista)

 

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