Segundo analista preço da soja pode piorar
Apesar da quebra em algumas regiões por conta do clima, principalmente em Mato Grosso e no Paraná, ainda se espera que o Brasil registre a segunda maior safra da história, atrás apenas das 154,6 milhões de toneladas colhidas no ciclo 2022/23.
Por conta da provável redução de oferta brasileira do grão, o produtor esperava que os preços futuros fossem subir, mas não é o que está acontecendo.
Fator Argentina
De acordo com o analista Carlos Cogo, da Cogo Assessoria em Agronegócio, parte importante do que explica esse cenário é a produção argentina, que pode chegar a 53 milhões de toneladas, ou seja, 32 milhões de toneladas acima do registrado na temporada passada.
“O Brasil não está perdendo 32 milhões de toneladas. Ainda que a safra brasileira seja de 140 milhões de toneladas, o efeito disso no mercado, nessa conjuntura, seria extremamente limitado. É aquela ideia de olhar para o umbigo e achar que só tem soja brasileira”.
Piora nos preços da soja
O caminho do preço futuro da soja é em direção aos 11 dólares por bushel, na opinião de Cogo.
“O Sul do Brasil está colhendo uma safra recorde e, mais adiante, todos os indicativos apontam para os Estados Unidos plantando mais soja esse ano, com crescimento de 4% a 5% na área. Assim, virá uma safra norte-americana recorde. Desta forma, o estoque é reforçado e a soja vem para a linha média dos últimos dez anos, de 11 dólares e 26 cents por bushel”, conta.
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