A safra de soja do Brasil 2023/24 está estimada em recorde de 162,8 milhões de toneladas, alta de 5,3% na comparação com a temporada anterior, com uma recuperação esperada na colheita do Rio Grande do Sul após a seca no ciclo passado, informou nesta segunda-feira a empresa de consultoria e gestão de riscos hEDGEpoint Global Markets.

Em relatório antecipado à Reuters, o analista Pedro Schicchi disse que a projeção para a safra que começa a ser plantada em setembro leva em conta potenciais efeitos positivos do El Niño nos Estados do Sul e impactos ligeiramente negativos nos Estados do Centro e Norte.

Mas a previsão pode ser "facilmente" aumentada "se tivermos bons rendimentos no Centro-Oeste e no Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), já que o Rio Grande do Sul sozinho deve se recuperar das 15 milhões de toneladas deste ano para mais de 20 milhões de toneladas com boas chuvas", disse o analista em relatório.

Com margens mais apertadas do que em safras anteriores, produtores deverão reduzir o ritmo do aumento da área plantada, que está estimada pela hEDGEpoint em 45,7 milhões de hectares, alta anual de 3,6%.

Na temporada anterior, o crescimento de área foi de 6,3%.

"Para a soja, temos crescimento de área, embora não tão alto quanto em anos anteriores, e uma perspectiva de produtividade moderada a favorável", disse ele, citando produtividade média de 3,56 toneladas por hectare, ligeiramente acima da safra passada (3,51 toneladas/hectare).

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