Mato Grosso do Sul projeta um crescimento expressivo no setor de bioenergia para a safra 2025/2026, com previsão de 4,7 bilhões de litros de etanol, um aumento de 11% em relação ao ciclo atual. A produção de açúcar também deve crescer 30%, alcançando 2,6 milhões de toneladas. Os números foram divulgados  durante a Expocanas 2025, em Nova Alvorada do Sul, reunindo autoridades, empresários e lideranças do setor.

Além do crescimento na produção, o evento foi marcado pelo anúncio da Atvos sobre a instalação da maior planta de biometano do mundo com origem em vinhaça, em Nova Alvorada do Sul. O investimento de R$ 350 milhões reforça a posição do estado como referência nacional em energia renovável. "Nós temos construído um ambiente que gera confiança aos investidores, e esse anúncio demonstra a credibilidade que Mato Grosso do Sul conquistou", afirmou o governador Eduardo Riedel.

O secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, entregou a licença de instalação da nova unidade ao CEO da Atvos, Bruno Serapião. "O setor de bioenergia é um dos pilares do desenvolvimento do estado. A chegada desse investimento fortalece nossa competitividade e amplia as oportunidades para o setor", destacou Verruck. Para Serapião, o Mato Grosso do Sul desempenha um papel essencial na transição energética do país. "Nosso compromisso com o estado reforça sua posição de liderança na bioenergia", afirmou.

Atualmente, Mato Grosso do Sul conta com 22 usinas de bioenergia em operação, além de cerca de 50 fornecedores de cana e mais de 30 mil empregos diretos. O presidente da Biosul, Amaury Pekelman, destacou que, apesar dos avanços, o setor enfrenta desafios, como o possível aumento da mistura de etanol na gasolina para 30%. "Mesmo com adversidades climáticas, a resiliência do setor garantiu crescimento e avanços tecnológicos", avaliou.



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