A reformulação do programa Novilho Precoce, que após 24 anos ganhou uma nova roupagem, melhor infraestrutura, informatização e um novo nome, passando a se chamar Precoce MS, feita pelo Governo do Estado passará a uma nova etapa na próxima semana com a implantação de um sistema de registro para que os pecuaristas possam se cadastrar com o intuito de disponibilizar seu rebanho para fornecimento de carne.

 

A expectativa é que cerca de 2 mil produtores sul-mato-grossense possam façam o recenseamento e participem deste novo programa, entregando carne com qualidade e estando dentro das normas estabelecidas, que rege, além da qualidade do animal, também a melhoria nas propriedades como a sustentabilidade, as boas práticas agropecuárias, o associativismo dos produtores e a identificação de animais. Esse controle informatizado passará a ser feito por empresas tipificadoras, que já podem se cadastrar no site da Secretaria de Estado da Produção e Agricultura Familiar (SEPAF).

 

Com isso, o Governo do Estado passará a ter melhor controle sobre a qualidade da produção em todo o Mato Grosso do Sul. Atualmente, o programa possui cerca de 8 mil criadores, mas nem todos fazem o abate dos animais. “A grande mudança que aconteceu era que antigamente o incentivo era 100% em cima do animal, como os mercados mais exigentes também estão buscando outros atributos de qualidade que não estão só inerentes ao animal”, destacou o assessor técnico da SEPAF, Marivaldo Miranda.

 

O objetivo deste novo programa é aumentar a produção de carne no estado e melhorar a qualidade dos produtos oferecidos. De acordo com o assessor, o Brasil possui cerca de 214 milhões de cabeças de gado e produz somente 10 milhões de toneladas por ano, já os Estados Unidos possui 100 milhões de cabeças e consegue chegar a 12 milhões de toneladas de carne por ano. Outro ponto é a aplicação de tecnologias disponíveis que não estão sendo aproveitadas. Desta forma, o Governo incentiva os profissionais da área a buscarem meios para avançar no desenvolvimento dessas ferramentas. Uma das técnicas que podem ser utilizadas é a suplementação dos animais, diminuindo o tempo de abate, que hoje está em 44 meses para 28 meses.

 

“O Governo não pode continuar dando incentivo para produtores que não possuem sustentabilidade. Há informações que o estado possui 8 a 10 milhões de hectares de pastagens degradadas. De tempos em tempos ele precisa revigorá-la para que ela possa produzir por mais tempo. Estamos valorizando os produtores que cuidam de atributos de qualidade”, destacou Miranda. 

0 Comentários

Deixar um comentário

Não se preocupe! Seu email não sera publicado. Campos obrigatórios estão marcados com (*).