Produtores fazem protesto na capital contra invasões de terras por índios
O que era pra ser uma passeata acabou tornado carreata e cavalgada, cerca de 800 e centenas de carros e camionetes desceram a avenida Afonso Pena em protesto, produtores rurais fizeram nesta manhã esta manifestação na, devido ao último acontecimentos de invasão de terras por índios no Estado. O protesto foi organizado pelo Movimento Nacional dos Produtores (MNP) e, segundo dados da Polícia Militar, conta com participação de cerca de 300 pessoas.
Os produtores não vão passar pelo centro da cidade, para evitar qualquer embate com os índios, que também participam protesto e estão concentrados na praça do Rádio Clube.
Segundo o vice-presidente do MNP, Rafael Gratão, a intenção dos produtores é defender os direitos da categoria. A propriedade rual é uma das invadidas pelos índios terena em Sidrolândia. Cerca de 1,2 mil cabeças de gado estão na área.
O proprietário rural Francisco Guaritá, que possui 1000 hectares de terras em Caracol, a 384 quilômetros de Campo Grande, participou do manifesto desde o início da manhã, quando os produtores estavam reunidos nos altos da Afonso Pena.
"Cheguei bem cedo, às 7h30, e segui a carreata porque não concordo com a atitude do governo federal. É uma insegurança muito grande e toda a classe produtiva está com medo de ter suas terras invadidas", afirma Guaritá.
Ricardo Bacha, dono da fazenda alvo de conflitos, Buriti, em Sidrolândia/MS, estava em cima do carro de som e fez questão de se pronunciar ao longo do protesto.
“A população tem que conhecer nosso protesto, é dentro da lei. Não estamos cometendo vandalismo. Vocês já viram o que aconteceu em Sidrolândia e isso não vai parar por aí. Está acontecendo toda hora, as fazendas são invadidas, queimadas, nosso gado morto. Essa situação de conflito será estendida por causa do mau condução do Governo Federal”, destacou Bacha.
0 Comentários