A indústria brasileira iniciou o segundo semestre com queda da produção em julho maior do que a esperada, marcando o quarto mês negativo no ano e devolvendo parte do forte ganho do mês anterior com a retomada no Rio Grande do Sul.

A produção industrial recuou 1,4% em julho na comparação com o mês anterior, pior do que a expectativa de retração de 0,9% em pesquisa da Reuters e depois de salto de 4,3% no mês anterior.

Em relação ao mesmo mês do ano anterior, os dados divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostraram avanço de 6,1%, ante projeção de ganho de 6,3%.

Os resultados deixam a indústria 1,4% acima do nível pré-pandemia, de fevereiro de 2020, mas 15,5% aquém do ponto mais alto da série histórica, de maio de 2011.

"Grande parte do recuo registrado neste mês tem relação com o avanço expressivo visto no mês anterior, mas também se observa que importantes plantas industriais realizaram paralisações no seu processo produtivo", explicou André Macedo, gerente da PIM Brasil. Ele lembrou que o resultado de junho foi influenciado pelo retorno à produção de unidades afetadas pelas chuvas que devastaram o Rio Grande do Sul neste ano.

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