Embora a volume de negócios no mercado físico do boi gordo tenha evoluído timidamente na ultima semana, o ambiente foi marcado por novos movimentos de alta nos preços da arroba em algumas importantes praças brasileiras, informa a S&P Global Commodity Insights. 

Segundo a consultoria, a oferta de animais prontos para abate está ficando cada vez mais enxuta entre as praças pecuárias brasileiras, endossada também pela saída de muitos pecuaristas das vendas, que passam a aguardar por melhores condições de preços da arroba.

“Neste contexto, a arroba bovina se mostrou valorizada, apesar da baixa liquidez”, reforça a S&P Global.

Os movimentos mais consistentes de altas nos preços do boi gordo ainda ocorrem mais largamente na faixa Centro-Sul do Brasil, apurou a consultoria. 

Nas praças do Mato Grosso do Sul e do Paraná, por exemplo, os preços estão quase alinhados aos níveis observados no interior paulista. 

Segundo a S&P Global, os exportadores estão mais ativos nas compras de gado, mas frigoríficos do mercado interno também entraram nos negócios diante da oferta menor de vacas gordas. 

Nas regiões Norte e Nordeste do País, as altas do dia da arroba do boi gordo ocorreram nos Estados de Tocantins, Pará e Maranhão, influenciadas pela ausência de vendedores, o que dificultou o preenchimento das escalas de abate. 

Ainda pelo lado da oferta, alguns agentes estão de olho nos movimentos de animais entre os confinamentos. 

“Obviamente, a lacuna entre o primeiro e segundo giro de confinamento cria condições de suporte aos preços em ambiente firme”, observa a S&P Global. 

Porém, algumas indústrias frigoríficas estão se movimentando para garantir uma boa cobertura de oferta animais para este atual período de entressafra do boi no Brasil. 

“O sentimento é de menor alojamento de boiada neste ano frente ao ano passado pelo lado dos pecuaristas, mas operações conjuntas e parcerias entre indústria e produtores devem minimizar essa retração de oferta de gado confinado”, acreditam os analistas da S&P Global. 

Embora a produção esteja um pouco mais regulada à demanda, ainda há uma inconsistência no escoamento da carne bovina ao mercado doméstico. 

Segundo a S&P Global, os agentes do setor apostam em recuperação dos preços dos cortes bovinos nesta primeira quinzena de mês, período de maior poder aquisitivo da população (devido ao pagamento dos salários), associada aos avanços dos embarques da proteína ao mercado internacional, sobretudo à China, o maior comprador mundial da commodity brasileira. 

Dados Scot – Após as altas ocorridas ao longo da semana, as cotações no mercado paulista ficaram estáveis nesta sexta-feira, com negócios pontuais sendo realizados acima da referência para bovinos destinados à exportação. 

Dessa maneira, o boi gordo destinado ao mercado interno está sendo negociado por R$ 247/@, a vaca a R$ 212/@ e a novilha, R$ 232/@ (preços brutos e a prazo). 

O “boi-China” está valendo R$ 255/@ em São Paulo (preço bruto e a prazo), mas há negócios sendo fechados por R$ 260/@, informa a Scot. 

SP-Noroeste:

boi a R$ 258/@ (prazo)
vaca a R$ 227/@ (prazo)

MS-Dourados:

boi a R$ 246/@ (à vista)
vaca a R$ 220/@ (à vista)

MS-C.Grande:

boi a R$ 241/@ (prazo)
vaca a R$ 222/@ (prazo)

MT-Cáceres:

boi a R$ 217/@ (prazo)
vaca a R$ 187/@ (prazo)

MT-Cuiabá:

boi a R$ 215/@ (à vista)
vaca a R$ 182/@ (à vista)

MT-Colíder:

boi a R$ 215/@ (à vista)
vaca a R$ 182/@ (à vista)

GO-Goiânia:

boi a R$ 230/@ (prazo)
vaca R$ 197/@ (prazo)

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