A fila de pacientes com Covid-19 que esperam por uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva) em Dourados está hoje com três pessoas, sendo que dois são de Dourados e um de Mundo Novo, segundo dados do boletim Coronavírus divulgados hoje pela Secretaria de Estado de Saúde.

"O lockdown foi uma medida de extrema importância que ajudou o sistema de saúde a se reorganizar, e por isso, a fila de UTI de Dourados está hoje com quatro pacientes, número muito inferior aos 70 pacientes que tinha antes. O município tomou uma série de medidas importantes, entre uma delas, com certeza naquele momento, foi o lockdown, porque restringiu a mobilidade humana e diminuiu a taxa de contágio entre as pessoas", afirma Cristhinne Maymone, Secretária Adjunta Estadual de Saúde.

Dourados decretou lockdown entre os dias 30 de maio e 12 de junho. Cristhinne também destaca que outras medidas em conjunto com o lockdown foram importantes. "Outras medidas muito importantes também foram feitas pelo prefeito em Dourados, que foi a própria reorganização do sistema, a transferência de pacientes para fora, abertura de novas unidades que pudessem vacinar e o diagnóstico precoce com mais de 2 mil testes antígenos", enumera.

Os dados referentes à Covid-19 continuam melhorando em Dourados após o Lockdown. O levantamento produzido pela Vigilância Epidemiológica mostra que a média móvel de mortes passou de 5,2 para 2, uma redução de 59%. Em dados concretos, respectivamente, na semana epidemiológica 22, primeira com restrições, foram registrados 37 óbitos, e na semana 24,14 mortes.

A melhora também aparece quando comparamos os números de casos positivos no município. Na semana epidemiológica 22, foram registrados 1.475, enquanto na última semana, 24, foram registrados 426 novos casos positivos, isso representa uma redução percentual de 71,1% e, ainda, conforme o Boletim Epidemiológico, houve uma redução de 59% no número de casos graves.

Entre as semanas 19 e 22 (maio) foram mais de 5.233 casos novos confirmados. Pela primeira vez, o município registrou quatro semanas consecutivas com mais de mil casos, na pior semana foram 1.475 casos. Já na semana 23, na última com restrições, foram registrados 960 casos, e na semana 24, foram 426, uma redução de 38,7%.

A redução também pode ser vista na fila de espera por vagas em leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva). No início das medidas, cerca de 60 pacientes aguardavam a disponibilidade de vagas em leitos de UTI, hoje (21) essa fila é de 3 pacientes, o que representa redução de 95,7%.

Segundo o médico responsável pela Central de Regulação do município de Dourados, Frederico Weissinger, essa redução se dá por diversos fatores. "Entre eles está a redução de novos casos, o encaminhamento de pacientes para outros estados, que estão dando suporte a saúde de Mato Grosso do Sul, e a melhora de pacientes que estavam ocupando esses leitos, passando de UTI para enfermaria, e o óbito de outros pacientes", conta.


"Não é hora de baixar a guarda"

Os resultados positivos que aparecem nos dados retratam o esforço da população douradense, e por isso é importante continuarmos com todas as medidas de prevenção a contaminação da Covid-19.
"Também é muito importante dizer para a população que é preciso continuar com todas as medidas preventivas, como: uso da máscara, distanciamento físico, evitar aglomerações, ou seja, nada de festinhas, nem dentro de casa ou fora, porque ainda vivemos um momento que temos circulação viral no Estado e não podemos baixar a guarda de jeito nenhum", alerta a secretária.

Vacinação

Segundo a secretária é preciso alcançar uma porcentagem de 70% da população vacinada para se pensar em medidas mais flexíveis. Por isso, a população precisa se vacinar e não esperar para escolher determinada vacina.
"Todos devemos vacinar com as vacinas que existem e que estão disponíveis. Não podemos titubear e neste momento querer escolher a vacina. Nós precisamos de 70% da imunidade da população para que possamos ter medidas mais flexíveis. Todas as vacinas têm um efeito positivo e com evidências científicas com relação a elas. E enquanto nós demoramos para vacinar, novas variantes do vírus aparecem, ou seja, ele se transforma. Essa doença é muito séria, contagiosa e cada vez que ela muda, também muda o comportamento com relação a sua gravidade e ao grupo de risco que ela ataca. É um motivo de preocupação as mutações do vírus".

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