Milho: Exportações atingem volume recorde de exportações, 6,7 milhões de ton
De acordo com o estudo, a firme demanda teve como principal origem os importadores da China, que abriram seus mercados para o cereal brasileiro no final de 2022, sendo destino de aproximadamente 1,16 milhão de toneladas do milho nacional no ano passado, com a maior parte embarcada em dezembro de 2022, representando 18% do total exportado no último mês do exercício passado. Esse desempenho ocorreu também em virtude da boa safra de inverno no país, que ampliou a disponibilidade do cereal para embarque.
Por outro lado, o gráfico de evolução das exportações aponta
que os embarques de soja atingiram apenas 840 mil toneladas no início deste
ano, contra 2,45 milhões em igual período de 2022, representando uma queda de
66%. Segundo o boletim, isso seria o reflexo do menor ritmo observado na
comercialização interna desde a temporada anterior, além das quebras ocorridas
nas safras sul-americanas em 2022/2023 e a manutenção da forte demanda
internacional, que provocaram redução nos estoques mundiais da oleaginosa e
deram suporte para a continuidade de alta nas cotações.
“A crescente produção agropecuária e o aumento na geração de excedentes exportáveis pelo Brasil revelam cada vez mais a necessidade de prioridade absoluta para a questão da infraestrutura nacional”, avalia o superintendente de Logística Operacional da Conab, Thomé Guth. “É necessário um olhar mais atento para a solução dos desembaraços que reduzam a burocracia e estimulem a diversificação dos investimentos – sejam públicos ou privados – em segmentos como armazéns, rodovias, ferrovias e, especialmente, nos portos, onde os esforços deveriam priorizar o aumento de desempenho daqueles situados no Arco Norte, com uma matriz que avança a cada ano para o centro do país. Isso sem desconsiderar as instalações tradicionais localizados no Sul do país, que também necessitam de ações sistematizadas, relacionadas à administração dos problemas de dragagens no curto prazo e promoção da competitividade entre os produtos, permitindo a redução dos custos logísticos em toda a cadeia que reflita no aumento da competição entre os usuários”.
As análises do Boletim Logístico mostram que no estado de
Mato Grosso os preços dos fretes rodoviários permaneceram estáveis durante o
período de entressafra. No entanto, a partir de dezembro de 2022, começaram a
apresentar reações devido ao início da colheita da soja e das entregas de
insumos para o plantio do milho e algodão, principalmente fertilizantes e
sementes. Durante o mês, os preços foram reajustados com expressividade. No
estado de Mato Grosso do Sul, os preços observados nas diversas rotas
acompanhadas também registraram elevação neste mês. Segundo relatos dos agentes
transportadores, as movimentações de milho e farelo em rotas domésticas tiveram
incrementos acentuados em relação aos quantitativos tradicionalmente
transportados.
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