O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas deve registrar novo recorde em 2023, totalizando 305,4 milhões de toneladas. Trata-se de um montante 16,1%, ou 42,2 milhões de toneladas maior do que a safra obtida em 2022. Na comparação com abril, a estimativa assinalou alta de 1,1%, com acréscimo de 3,3 milhões de toneladas. A expectativa é de recorde nas produções de soja, milho e trigo.

A área a ser colhida este ano deve ser de 76,6 milhões de hectares, 4,6% maior que a área colhida em 2022, com aumento de 3,4 milhões de hectares. Em relação a abril, a área a ser colhida apresentou um aumento de 237.739 hectares (0,3%).

Mato Grosso lidera como o maior produtor nacional de grãos, com participação de 31,1%, seguido pelo Paraná (15,3%), Rio Grande do Sul (9,7%), Goiás (9,6%), Mato Grosso do Sul (8,6%) e Minas Gerais (5,9%), que, somados, representaram 80,2% do total. Com relação às participações das regiões brasileiras, tem-se a seguinte distribuição: Centro-Oeste (49,6%), Sul (27,3%), Sudeste (9,5%), Nordeste (8,6%) e Norte (5,0%).

As principais variações positivas nas estimativas da produção, em relação ao mês anterior, ocorreram no Mato Grosso (2.372.277 t), no Mato Grosso do Sul (1.535.404 t), em Goiás (359.108 t), em Rondônia (238.722 t), no Maranhão (40.869 t), no Ceará (39.067 t), em Alagoas (33.887 t), no Rio Grande do Norte (11.580 t) e no Acre (3.743 t). As variações negativas ocorreram no Rio Grande do Sul (-1.021.166 t), no Paraná (-262.700 t), no Distrito Federal (-56.250 t), no Amapá (-19.144 t) e em Minas Gerais (-5.340 t).

Destaques da safra
Os principais destaques da safra 2023 são as estimativas da produção de soja, milho, e trigo, os três estabelecendo novos recordes. No caso da soja, a produção deve chegar a 148,2 milhões de toneladas, um aumento de 24,0% em comparação à quantidade obtida em 2022. Já o milho tem uma produção estimada em 122,8 milhões de toneladas, valor 11,5% maior que em 2022.

A produção de trigo, que deve alcançar 10,6 milhões de toneladas, teve aumentos de 7,3% em relação a abril e de 5,5% em relação a 2022, quando o Brasil já havia colhido a maior safra da história.

A estimativa da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresentou variação anual positiva para as cinco Grandes Regiões: a Região Sul (26,9%), a Centro-Oeste (15,8%), a Sudeste (4,3%), a Norte (13,5%) e a Nordeste (3,3%). Quanto à variação mensal, apresentaram aumentos a Região Nordeste (0,5%), a Região Centro-Oeste (2,9%) e a Região Norte (1,5%). A Região Sudeste apresentou estabilidade (-0,0%), enquanto a Região Sul apresentou declínio (-1,5%).

Em relação a abril, houve altas nas estimativas da produção trigo (7,3% ou 723 714 t), da aveia (6,3% ou 70 853 t), do sorgo (5,9% ou 207 797 t), do milho 2ª safra (3,2% ou 2 968 400 t), do arroz (2,1% ou 206 037 t), do feijão 3ª safra (1,6% ou 10 110 t), da cevada (0,7% ou 3 328 t), do café arábica (0,4% ou 8 820 t), do feijão 1ª safra (0,3% ou 3 585 t) e do café canéfora (0,2% ou 1 551 t). Em sentido oposto, houve declínios nas estimativas de produção do tomate (-4,5% ou-177 003 t), do feijão 2ª safra (-3,1% ou -42 397 t), da mandioca (-1,0% ou -182 909 t), da soja (-0,6% ou -867 990 t) e do milho 1ª safra (-0,1% ou -21 813 t).

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