Governo Lula inicia operação-abafa para impedir instalação de CPI do MST
Tão logo o requerimento de investigação da CPI do MST foi protocolado na noite desta quarta-feira (15), na Câmara dos Deputados, foi deflagrada uma operação política nos bastidores de Brasília para impedir a investigação sobre a onda de invasões de terras produtivas que se instalou no país desde a posse do presidente Lula. Segundo matérias veiculadas na imprensa, líderes do MST e políticos ligados ao movimento teriam acionado o Palácio do Planalto para entrar em campo na tentativa de frear a reação da bancada ruralista.
Segundo o autor do pedido de CPI, deputado Tenente-Coronel Zucco (Republicanos-RS), é inadmissível que o MST ou qualquer liderança política ligada ao movimento interfira nos assuntos internos do Parlamento. “Não está muito claro que tipo de investida o governo federal pretende fazer. Espero que não seja na base da distribuição de cargos ou emendas. A sociedade está de olho e não vai permitir qualquer tentativa de intimidação contra o setor produtivo. O requerimento cumpriu todos os requisitos e temos o regimento ao nosso lado. Confiamos na postura republicana e democrática do presidente da Casa, Arthur Lira, que saberá conduzir esse processo da melhor forma possível”, destacou Zucco.
Após conferência final da Secretaria-Geral da Mesa, a proposta obteve o número mínimo regimental 171 apoios para seguir sua tramitação. Uma assinatura não foi reconhecida pelo sistema e acabou sendo descartada. O objetivo da Comissão Parlamentar de Inquérito é investigar a escalada de invasões de propriedades produtivas. As ações têm sido orquestradas por movimentos como o MST, FNL e grupos indígenas.
A conquista dos apoios só foi possível graças à união de esforços dos deputados federais Tenente-Coronel Zucco (Republicanos-RS), Kim Kataguiri (União-SP) e Ricardo Salles (PL-SP). Os parlamentares decidiram unificar os três requerimentos existentes num único pedido de CPI. O apoio da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), presidida pelo deputado Pedro Lupion (PP-PR), foi fundamental para que a proposta seguisse adiante.
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