A Eldorado planeja usar o ramal para despachar cerca de 1,7 milhão de toneladas de celulose produzidas anualmente até Aparecida do Taboado, onde a carga será fornecida para a linha troncal da Ferronorte, que se conecta ao porto de Santos. Atualmente, esse transporte é feito por caminhões. O volume de celulose pode dobrar, pois os irmãos Joesley e Wesley Batista, controladores da Eldorado Celulose, prometem investir cerca de R$ 15 bilhões para aumentar a capacidade de produção da fábrica.
Além da Eldorado, a Suzano, que possui uma fábrica de celulose em Três Lagoas com capacidade para produzir 3,25 milhões de toneladas por ano, também solicita autorização da ANTT para a construção de uma ferrovia até Aparecida do Taboado. No entanto, a agência já indicou que concederá apenas uma autorização, obrigando os concorrentes a utilizarem o mesmo ramal ou a manterem o transporte por rodovia.
Impactos e expectativas
Com publicação no Diário Oficial, o projeto ferroviário da Eldorado Celulose avança para a fase de implementação, prometendo não apenas facilitar o transporte de celulose, mas também reduzir o impacto ambiental associado ao transporte rodoviário. A licença de desapropriação já obtida e a recente concessão das licenças ambientais locais permite que uma empresa inicie as obras, concretizando um projeto que está em gestação há anos. A expectativa é que o ramal ferroviário traga maior eficiência e sustentabilidade para a indústria de celulose no Mato Grosso do Sul.
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