Expedição da Rota da Integração partiu com destino ao Chile
Cerca de 90 pessoas, entre empresários, produtores e jornalistas saíram, na manhã desta sexta-feira, de Campo Grande (MS), rumo a cidade chilena de Antofogasta com o objetivo de levantar mais informações sobre as obras para a abertura do Corredor Bioceânico, que ligará o Mato Grosso do Sul aos portos do Chile, permitindo melhor escoamento da produção para os países asiáticos atravessando o Oceano Pacífico.
As 30 caminhonetes percorrerão os 4.400 quilômetros, que ligam a capital sul-mato-grossense aos portos chilenos, pelos próximos nove dias, passando pelas cidades de Porto Murtinho, no Brasil, Carmelo Peralta, Loma Plata, Mariscal Estigarribia e Assunção, no Paraguai, Tartagal, Salta, San Salvador de Jujuy, na Argentina, e San Pedro do Atacama, Iquique, Mejillones, Calama e Antofogasta, no Chile.
Os quatro países por onde a rota deverá passar estão em conversação para ajustar alguns detalhes e iniciar as obras que interligarão as rodovias e permitirão que os veículos de transporte, principalmente caminhões, possam percorrer o caminho no menor espaço de tempo. A previsão é de uma queda nos custos de 30%. Além disso, haverá uma diminuição no número de veículos de grande porte nas estradas brasileiras, principalmente nas vias que ligam o interior aos portos de Santos (SP) e de Paranaguá (PR).
Um dos principais debates é a equiparação dos documentos para passagem pelas alfândegas. De acordo com o secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck, os veículos deverão ser lacrados no Brasil e serem abertos somente no Chile, passando pelos países sem precisarem esperar dias para serem liberados.
Para que o projeto seja concluído é necessário investimentos em rodovias, melhorias nos portos e a construção de uma ponte. A previsão é de que o trajeto seja utilizado somente daqui a cinco anos.
Iniciando em Porto Murtinho, no Mato Grosso do Sul, será preciso construir uma ponte ligando a cidade brasileira a Carmelo Peralta, no Paraguai. Os recursos virão dos dois países e o Brasil deve desembolsar certa de R$ 54 milhões. Além disso, terá que pavimentar 23 quilômetros de vias no Estado. O país fronteiriço também está investindo na pavimentação de 300 quilômetros de rodovias, integrando a região Norte do país.
As obras na Argentina deverão custar cerca de US$ 15 bilhões para melhorias na infraestrutura e o Chile terá que fazer adaptações nos portos para exportação de grãos.
Entre as principais vantagens estão o fortalecimento das relações diplomáticas entre os países, os investimentos feitos em diversos setores do comércio e o fomento na área turística, possibilitando que as pessoas visite os principais destinos turísticos dos países, como Bonito, o deserto do Atacama, o Chaco paraguaio e o norte da Argentina.
0 Comentários