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O caso da morte de mais de mil cabeças de gado em um confinamento em Mato Grosso do Sul por causa do botulismo virou notícia nacional e preocupou muita gente. Entretanto, como consequência dessa fatalidade, o debate sobre os cuidados para evitar a doença passou a ser ampliado em todo o estado.

De acordo com diretor-executivo e fiscal estadual agropecuário da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal do Governo do Estado (Iagro), Roberto Siqueira Bueno, o setor de educação sanitária do órgão faz um trabalho de educação com a participação da comunidade e de produtores, em palestras nos sindicatos, e o botulismo passou a ser citado como uma doença que precisa ter uma atenção especial. A entidade pública também está oferecendo novas instruções para 10 funcionários, um em cada regional do estado, sobre os casos.

“Nós orientamos para que quando o produtor perceber qualquer sintomatologia nervosa e clínica que difere da boa rotina dos animais, avisar o serviço oficial imediatamente. Além de isolar os animais para evitar a transmissão para outros animas caso seja uma doença infectocontagiosa”, disse Bueno.

Ele destaca que os produtores tomam os cuidados normais quando um animal morre, enterrando a carcaça para evitar a exposição dos ossos e limpando a área caso tenha sido na beira de um lago ou rio. O botulismo pode surgir por meio de uma ração que tenha passado por um processo de secagem inadequado, pelas carcaças de animais mortos e pela falta de vacinação.

O pecuarista Persio Ailton Tosi, responsável pela Marca 7 Pecuária, empresa que gerencia o confinamento onde ocorreu a contaminação do gado que veio a óbito destacou que como consequência deste caso, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a Iagro e Universidades estão estudando a criação de um protocolo para uso do milho reidratado e também para armazenamento desse produto. Além disso, estão sendo discutidas orientações para uso do milho na alimentação do gado.