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Enquanto a empresa encarregada de retirar as toneladas de lixos das ruas não estão fazendo seus serviços, alegando não receber da prefeitura de Campo Grande. Os trabalhadores informais estão fazendo o serviço, e claro cobrando pra isso.

Na tarde de ontem o senhor Justino Ferreira, 65, e sua esposa, Eva Almeida, 63, estavam trabalhando sem nem um tipo de equipamentos de proteção, encheram um caminhão de lixo produzido por moradores do Prédio Torre de Itália, na rua Sete de Setembro.

Segundo o zelador do  prédio,  Adelino Rodrigues, 46, “somos obrigados a contratar estes trabalhadores, pois a prefeitura e a empresa [Solurb] não entram em um acordo, nós cidadãos não podemos deixar a cidade infestada de sujeira, dai tivemos que tomar está providência”, disse ele.

A novela entre a prefeitura da Capital e a Solurb, empresa responsável pela coleta de lixo  esta longe de acabar. Apesar de liminar da Justiça obrigar a empresa a retomar os serviços em um prazo de 12 horas, a concessionária afirma que irá recorrer da decisão e manter a greve.

Para o senhor Justino Ferreira, trabalhador na área de coleta de recicláveis, “a cidade está um caos, e sem previsão de melhora, por isso decidimos pegar este tipo de serviço, e ainda aumentamos nossa renda”, afirmou Ferreira.

Em cerca de 30 minutos, o senhor Justino e sua esposa carregaram todo o lixo que estava enfrente ao condomínio, e para isso receberam o valor de R$ 120,00 (cento e vinte reais). O lixo é despejado no lixão de Campo Grande.