A instabilidade econômica do país e os recentes problemas enfrentados pela pecuário de Mato Grosso do Sul resultaram na mobilização de um grupo de criadores de gado para a implantação de uma cooperativa. Para diminuir os riscos que possam ocorrer no setor, pecuaristas, pesquisadores e representantes de entidades, se reuniram, na manhã desta sexta-feira (11), no Sindicato Rural de Campo Grande, para conhecer os estudos de viabilidade econômica e entender melhor sobre a importância da constituição desse modelo de gestão.

 

A implantação da cooperativa está tendo a parceria da Organização das Cooperativas do Brasil em Mato Grosso do Sul (OCB/MS), da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul) e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Mato Grosso do Sul (Sebrae – MS).

 

A previsão para implantação da cooperativa é de 30 dias, já que faltam acertar alguns detalhes, como o debate para a construção de um estatuto e a estrutura organizacional da empresa. De acordo com o Sindicato Rural, a expectativa é de iniciar a cooperativa com mais de 4 mil abates de gado por ano, além de constituir locais próprios para venda dos produtos.

 

“A iniciativa partiu dos próprios produtores rurais e agora conta com o apoio de entidades, como a Famasul, OCB/MS, Sindicatos Rurais e Sebrae. Contribuímos com um estudo de viabilidade econômica, essencial para o andamento da cooperativa, que deverá ter uma atenção ímpar para a qualidade, agregando valor a todos os elos da cadeia”, destaca o presidente do Sindicato Rural de Campo Grande, Rui Fachini Filho.

 

Um dos pecuaristas que está a frente do projeto, o engenheiro agrônomo José Lemos Monteiro, destaca que o estado já teve propostas de cooperativas da pecuária nos anos 60, e que a expectativa para a implantação desse modelo atualmente é muito grande. Ele destaca ainda que, com o Termo de Interesse de Adesão assinado pelos pecuaristas é preciso trabalhar de forma cuidadosa para a escolha dos representates. “Neste encontro de hoje tivemos 49 cartas assinadas de intenção para implantação da cooperativa. O mínimo eram 20”, disse.

 

A pecuária não é um segmento que tem tradição nos trabalhos de cooperativa e a elaboração dos estudos para a implantação deve ser um trabalho minucioso para que possa começar e atrair novos cooperados.

 

“Todas as manifestações de grupos que pensam em criar uma organização empresarial com o modelo corporativo, são muito importantes. A gente vê com bons olhos um grupo de pecuaristas buscando alternativas viáveis para driblar a crise”, disse o presidente da OCB/MS, Celso Régis.

 

A reunião contou com autoridades de diversas regiões do Estado, entre elas, a presidente do Sindicato Rural de Ivinhema, Edy Elaine Tarrafel; o diretor do Sindicato Rural de Figueirão, Rogério Rosalin; o presidente do Sindicato de Água Clara, Moacir Reis; o diretor do Sindicato Rural de Camapuã, Antônio Silvério de Souza; o presidente do Sindicato Rural de Bela Vista, Leandro Mello Aciolly (Dindo); os diretores da Famasul, Luís Alberto Moraes Novaes e Terezinha Candindo;  e o deputado estadual Felipe Orro. 

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