Na última quinta-feira (17), a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) realizou um leilão para comercialização do milho de Mato Grosso do Sul tendo um volume de oferta de 120 mil toneladas. A negociação resultou em uma venda de quase a totalidade do produto colocado a disposição (99,8%), com um valor total de R$ 3,6 milhões.

 

A operação na modalidade Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro), comercializou 60 mil toneladas do milho com fechamento de R$ 3,60 a saca e na categoria Prêmio para o Escoamento (PEP), outras 60 mil toneladas foram vendidas a R$ 2,83 a saca, movimentando mais de R$ 2,8 milhões.

 

Os leilões realizados pela Conab atendem a uma demanda dos produtores que estão preocupados com a armazenagem do milho, mas o diretor tesoureiro da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul, Luis Alberto Moraes Novaes, destaca que a participação do estado precisa aumentar. “A quantidade ofertada e negociada do milho ofertada hoje é o dobro da oferta do leilão anterior, contudo, é importante destacar que somente em MS, por exemplo, a safra tem projeção de ultrapassar 9 milhões de toneladas de milho. É necessário que tenha um aumento nos próximos certames”, disse.

 

A capacidade de armazenamento dos grãos da safra de soja e milho está muito abaixo do necessário e o assunto está sendo debatido em Brasília. Uma reunião entre o senador sul-mato-grossense Waldemir Moka, o secretário de políticas agrícolas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Nery Geller, e Novaes, mostrou a preocupação do estado com relação ao tema.

 

“A situação preocupa o Sistema Famasul, pois, além dos armazéns não comportarem nossa produção, os produtores rurais de Mato Grosso do Sul enfrentam a queda no preço do milho, provocada pela supersafra”, afirmou.

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