O Centro de Monitoramento de Tempo, do Clima e dos Recursos Hídricos de Mato Grosso do Sul (CEMTEC/MS) registrou um aumento de chuvas, em relação ao mesmo mês do ano passado, em 20 dos 27 pontos monitorados, resultando também em um maior volume de águas nos rios, provocando alagamentos em várias regiões.

 

De acordo com o CEMTEC/MS, a maior ocorrência foi registrada na Região do Pantanal. No ponto de monitoramento da localidade de Nhumirim, próximo a Corumbá. Em outubro do ano passado foram registrados 53,2 milímetros de chuva e neste ano, 223 milímetros. Miranda também saltou de 68,8 para 304,4 milímetros de chuva. A coordenadora técnica do CEMTEC/MS, Franciane Rodrigues, explica que existe um sistema de baixa pressão bem acentuado na região de fronteira, provocando a instabilidade e o aumento das chuvas. “Com o deslocamento do bloqueio atmosférico da alta pressão para o Nordeste do país, abriu-se o canal de umidade e as frentes frias começaram a entrar no Estado, trazendo chuvas mais frequentes e intensas”, destacou.

 

Com o aumento das chuvas, também vem a preocupação com os alagamentos nos municípios que ficam a beira dos rios. O Rio Miranda, por exemplo, que passa pela cidade de Miranda e tem vários outros povoados em suas margens, já registrou 7 metros de lâmina d’água, quando o normal do leito é quatro metros.

 

O fiscal ambiental da Sala de Situação do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), Jun Nukariya, informa que o leito do Rio Miranda, no ano passado, ultrapassou 12 metros e desabrigou centenas de famílias.

 

Outro rio que apresentou elevação anormal em seu leito para essa época do ano foi o Coxim, que corta a cidade de Coxim, entre outras localidades. O nível normal do leito do Rio Coxim é de 3 metros, mas estava em 4,51m. O Imasul tem 13 estações de monitoramento no Estado, sendo 11 na região do Pantanal.

0 Comentários

Deixar um comentário

Não se preocupe! Seu email não sera publicado. Campos obrigatórios estão marcados com (*).