O nível do Rio Paraguai já passou dos 4,5m na régua da Marinha em Ladário, usada para acompanhar a cheia do Pantanal.

 

Nas fazendas, produtores e peões trabalham com pressa para retirar os animais que ainda estão em pastos ilhados. A previsão da Embrapa é que 2,4 milhões de cabeças tenham de ser retiradas das propriedades.

 

O pecuarista Marcos André tem uma fazenda no Pantanal. Já retirou mil animais e agora está com a comitiva para levar mais 500 cabeças para uma área arrendada. Do início do ano até agora, já perdeu vários animais que não resistiram e morreram durante a travessia.

 

A MS-184, via conhecia como Estrada Parque, corre o risco de ser interditada, por inteiro, de acordo com a Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) da região. Uma outra região que está bem danificada e encoberta pelas águas é a região do Buraco da Piranhas.

 

De acordo com Luiz Mário Anache, chefe da 8ª Residência da Agesul, situada em Corumbá, isso acontece todos os anos, dependendo do ciclo das cheias e da temporada de chuvas. Há possibilidade de fechamento total para tráfego de veículos se a quantidade de água continuar aumentando.

 

“Isso vai depender muito do volume da cheia do rio Miranda, do Aquidauana, do Negro, do Taquari e lá na frente do rio Paraguai. Se continuar chegando muita água, é provável que cubra todo aquele trecho, aí nós vamos ser obrigados a interditar”, afirmou Luiz Mário. Ele explicou que não há como prever quando isso poderá ocorrer porque o rio Miranda é imprevisível. “O rio Miranda sobe cinco metros hoje, amanhã ele baixa dez”, exemplificou.

 

Com a subida do rio, que tem registrado altas diárias de mais ou menos 3 cm, aumenta a preocupação e o trabalho de quem tem propriedades no meio do pantanal. Áreas que há muito tempo não eram alagadas, começaram a sofrer com as inundações. O jeito é correr contra o tempo para salvar o gado.

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