O  principal alerta para o pecuarista brasileiro neste momento é que, essa mesma situação de alta dos preços do boi gordo pode trazer desafios, especialmente para aqueles que têm dificuldade em se ajustar rapidamente às mudanças de mercado.

O mercado físico do boi gordo iniciou esta terça-feira (3) com preços firmes, refletindo a continuidade da tendência de alta observada nos últimos dias, conforme apontado pelas principais consultorias que acompanham o mercado pecuário. Ainda segundo elas, esse movimento é impulsionado por escalas de abate encurtadas, que forçam as indústrias a reajustarem os preços, mesmo aquelas que operam com contratos a termo.

A demanda aquecida, tanto para o mercado doméstico quanto para as exportações, é outro fator que mantém os preços em alta. Segundo Fernando Henrique Iglesias, analista da consultoria Safras & Mercado, o nível de emprego – aumento do poder de compra do brasileiro – no Brasil tem colaborado para o aumento da demanda interna, enquanto as exportações seguem em ritmo acelerado, colocando o país na rota de um possível recorde de embarques. 

O mercado de São Paulo iniciou a terça-feira (3/9) com um aumento de R$ 2 na arroba da novilha, após o avanço nas cotações das demais categorias terminadas na segunda-feira (2/9). No entanto, os preços dessas outras categorias permaneceram estáveis hoje, segundo a Scot Consultoria.

Ainda segundo os analistas, o mercado do boi gordo continua em tendência de alta, impulsionado pela oferta reduzida de animais e pelas escalas de abate mais curtas. “O mercado do boi gordo segue com tendência de alta, refletindo as ofertas reduzidas e as reduções nas escalas de abate”, relatam os analistas da Scot.O  No Estado de São Paulo, as programações de abate estão, em média, com seis dias de antecedência. Assim, o boi gordo em São Paulo está sendo comercializado a R$ 240/@, a vaca a R$ 217/@, a novilha a R$ 232/@ e o boi-China – animais jovens abatidos com até 30 meses de idade – a R$ 245/@ (preços brutos e a prazo), conforme informações da Scot. Segundo a Agrifatto, colaborando com as informações divulgadas acima, com a maior dificuldade dos frigoríficos em encontrar animais prontos para o abate, a valorização na cotação do boi gordo continuou a ocorrer em todo o País.

 

Preços médios da arroba do boi gordo seguem variando conforme a região:

  • São Paulo: R$ 244,00/@
  • Goiás: R$ 240,00/@
  • Minas Gerais: R$ 234,76/@
  • Mato Grosso do Sul: R$ 251,00/@
  • Mato Grosso: R$ 219,00/@

Além disso, diz a Agrifatto, na B3, o cenário também é de otimismo. Todos os contratos futuros indicaram valorização, com o vencimento para setembro/24 cotado a R$ 247,95/@. A expectativa é de que essa tendência continue no curto prazo, dado o atual contexto de oferta reduzida e escalas de abate limitadas.

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