Agroindústria vem transformando economia a do MS
Sabe qual a semelhança entre a manteiga que você passa no pão quentinho toda manhã, aquela macarronada coberta de muita muçarela do seu almoço, a pipoca quentinha que você preparou para assistir ao jogo do seu time do coração, e até o papel em que você anotou as contas que tem pra pagar semana que vem? Todos esses produtos são produzidos aqui mesmo, em Mato Grosso do Sul.
No dia a dia, pouco prestamos atenção, mas a indústria de transformação presente no Estado tem crescido e tomado conta das prateleiras dos supermercados, ampliado o leque de bons produtos locais, além de contribuir significativamente para a economia sul-mato-grossense.
De acordo com a Fiems (Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul), cerca de 85% do PIB da indústria de transformação do Estado está diretamente ligado à agroindústria. Os setores de destaque são os frigoríficos, a fabricação de celulose e papel, a produção de açúcar e etanol, e o processamento de soja e milho. A projeção para os próximos 5 a 10 anos é que esses setores continuem desempenhando um papel importante na economia estadual.
Segundo Ezequiel Resende, economista-chefe da unidade de Economia e Pesquisa da Fiems, a parceria entre a Federação das Indústrias e o Governo do Estado visa fortalecer essas cadeias produtivas, agregando valor aos produtos. Dessa forma, a agroindústria se consolida como um motor de crescimento econômico e social, gerando empregos e renda, especialmente nas cidades do interior do Estado.
Atualmente, a agroindústria de transformação de Mato Grosso do Sul emprega diretamente mais de 75 mil trabalhadores formais, injetando mais de R$ 200 milhões mensais na economia local por meio dos salários pagos.
Jaime Verruck, secretário da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), confirma a perspectiva de crescimento do setor. Ele destaca o equilíbrio fiscal alcançado pelo Estado nos últimos anos, que permitiu investimentos tanto do Governo em obras públicas como do setor privado. Essas injeções de capital criam um ambiente favorável para atrair novos investimentos na indústria, impulsionando a transformação da economia sul-mato-grossense, com base principal no agronegócio.
Verruck ressalta que a capacidade de exportação de produtos com valor agregado é outra força motriz para o crescimento de Mato Grosso do Sul, O Estado já se destaca como importante exportador de produtos agroindustriais, com níveis de competitividade adequados no processo produtivo. Os investimentos em andamento, no valor de R$ 60 bilhões, estão focados em agregar valor às matérias-primas locais, como celulose, farelo de soja, óleo de soja e etanol de milho.
Ainda segundo Verruck, essa abordagem fortalece a competitividade do Estado para conquistar novos mercados. No curto prazo, Mato Grosso do Sul continuará atraindo investimentos com o aumento da produção agrícola e a maior capacidade de consumo interno. O objetivo é fortalecer as cadeias produtivas e criar um efeito dominó positivo na economia.
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