Foi lançada nesta quarta-feira (02/08) na Câmara dos Deputados a Frente Parlamentar em Defesa do Pantanal, uma iniciativa da deputada federal Camila Jara (PT/MS) para discutir políticas públicas que possam garantir o desenvolvimento sustentável do bioma.

A Frente Parlamentar em Defesa do Pantanal vai focar em produzir legislações específicas para proteção do bioma, sobretudo contra o avanço das práticas nocivas da agropecuária, que contam com forte ação humana para abrir novas áreas de plantio e de pastagens e têm causado desmatamentos, queimadas, erosões e secas, fenômenos que mudam o ciclo da vida e ameaçam a biodiversidade.

Para a deputada Camila Jara, a criação da Frente representa um marco importante na história do bioma e se conecta com o futuro. “A gente que cresceu em contato com o Pantanal e com o Cerrado sabe bem qual o impacto da natureza na qualidade de vida das pessoas. Temos que ampliar a discussão sobre desenvolvimento sustentável, créditos de carbono e turismo de base comunitária porque trazem benefícios econômicos diretos para nosso povo enquanto conservam o ambiente. Mas para nós, é mais do que economia. É a garantia de futuro para nossas crianças e para as gerações que virão”, reiterou a deputada.

A ideia é que os trabalhos da Frente produzam uma legislação federal para o Pantanal, a partir de escuta ativa das pessoas que vivem no bioma ou são afetadas por ele, como rodas de conversa, plenárias e audiências públicas.

Frente Parlamentar

A frente será presidida pela deputada Camila Jara. A vice-presidência ficou com o deputado Dagoberto Nogueira (PSDB/MS).  A frente também será composta pelo deputado Vander Loubet (PT/MS), que será coordenador de articulação política.

Presença
O evento contou com a participação de cerca de 150 pessoas, entre elas representantes da ONG SOS Pantanal e WWF Brasil, Instituto Gaia de Pesquisa e Educação Ambiental do Pantanal, Instituto Homem Pantaneiro, projeto Documenta Pantanal, da Defensoria Pública da União (DPU), da UNB, UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso), ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), IFMS (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul), MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), SINPAF (Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário), Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), entre outros.

A abertura contou com um show do trio formado pelos músicos Guilherme Rondon, Celito e Gilson Espíndola, grandes nomes da música sul-mato-grossense e com profundas relações com o Pantanal.

Pantanal 

Maior planície inundável do mundo, o bioma Pantanal é considerado patrimônio natural da humanidade. Ao longo dos seus mais de 250 mil quilômetros quadrados de extensão, abriga cerca de 212 espécies de mamíferos, 269 de peixes, 98 de répteis, 650 de aves e 1800 de plantas. É uma verdadeira reserva da biosfera.

Além disso, oito rios formam a bacia hidrográfica do Alto Paraguai e são fundamentais para a locomoção, atividade econômica e sobrevivência das comunidades indígenas e ribeirinhas da região.

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