Estudo: Confinamento cresce no Brasil, no Sudeste 34% e Centro-Oeste 2%
O volume de gado bovino em confinamento cresceu 32% nos primeiros sete meses deste ano no Brasil, em comparação com igual período do ano passado, mostram dados da Ponta, empresa de tecnologia focada na gestão da informação e da precisão na pecuária, responsável pelo gerenciamento de informações de mais de 7 milhões de cabeças de gado por ano em todos os sistemas produtivos.
O estudo mostra, ainda, comportamentos distintos entre as regiões Sudeste e Centro-Oeste. Enquanto o rebanho confinado do Sudeste cresceu 34%, o do Centro-Oeste se manteve praticamente estável, registrando um aumento de apenas 2% em relação ao mesmo período de 2023. O resultado do Centro-Oeste é fruto da redução de 11% do rebanho confinado em Goiás. Já Mato Grosso apresentou um aumento de 21% na entrada de animais em confinamento no período.
O crescimento registrado no volume de animais confinados no país vai na contramão do desempenho do preço da arroba do boi gordo, que caiu 8,16% no mesmo período (janeiro a julho), segundo a cotação Cepea/Esalq/São Paulo.
Apesar de a cotação ter alcançado o menor valor em junho e estar em recuperação, continua abaixo dos R$ 240,00. “Para quem está contando apenas com a melhora na cotação do boi gordo para garantir o resultado, o cenário não é muito animador. Entretanto, se o pecuarista estiver preocupado com a margem, que é o que sobra no bolso ao fim de todo o seu trabalho, a história é outra. Considerando o aumento da entrada de animais no confinamento neste começo de ano em relação a 2023, fica claro que o confinador está aproveitando a queda do custo alimentar para trabalhar estocado e garantir a margem dos animais do primeiro giro”, informou o CEO da Ponta, Paulo Dias.
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