Com o objetivo de manter os índices acima de 99% de vacinação de bovinos nas três regiões que compõe o estado de Mato Grosso do Sul – fronteira, planalto e pantanal – o Governo lançou, na manhã desta terça-feira (2), no parque do Peão, em Campo Grande, a campanha intitulada “A vacinação garante bons lucros” contra a febre aftosa.

 

Com pouco mais de 20 milhões de cabeças de gado atualmente, a meta é manter o estado com o status de ser considerado livre da doença, evitando os prejuízos causados no último grande foco, em 2006, quando os produtores perderam mercado, tanto interno quanto externo, resultando em grandes prejuízos econômicos e sociais.

 

A vacinação dos produtores da fronteira e do planalto ocorrerá durante todo o mês de maio e para os criadores de gado que estão dentro da faixa do pantanal, aos animais poderão receber as doses da vacina em duas datas, podendo ser escolhida entre a primeira etapa, realizada de 1 de maio a 15 de junho ou na segunda etapa, que ocorrerá no final do ano. Entretanto é fundamental que o produtor também informe a Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) sobre a quantidade de animais vacinados.

 

“É importante, primeiro, a consciência de todos os produtores que vacinando nós temos uma segurança no nosso rebanho, e principalmente a oportunidade que surge de mercados novos para a carne do MS, que é reconhecida uma carne de excelência, mas que precisa manter esse status. E isso depende, principalmente, do trabalho conjunto da consciência do setor produtivo, da importância da vacinação nesse calendário estabelecido, podendo vacinar a totalidade do nosso rebanho”, destacou o governador do Estado, Reinaldo Azambuja.

 

Com foco na conscientização dos criadores, o governo promove uma maior fiscalização nessa época para que o gado possa receber a vacina. O processo é de responsabilidade do produtor que precisa adquirir as doses, vacinar o rebanho e informar o ato.

 

“Isso representa muito mais do que uma obrigatoriedade do produtor de cuidar do seu rebanho, representa um compromisso. Esse é um grande balizador de tudo aquilo que fizemos no MS”, destacou o diretor-presidente do Iagro, Luciano Chiochetta.

 

De acordo com ele, a Organização Mundial de Saúde Animal vem usando um conceito de saúde única, reconhecendo que existe uma relação entre saúde humana, animal e ambiental e qualquer desequilíbrio que ocorrer em um desses componentes pode trazer danos graves a saúde pública, ao meio ambiente e a economia.

 

O superintendente federal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) em Mato Grosso do Sul Celso Martins destacou que todo o processo evoluiu muito nos últimos anos e a consciência do produtor com relação aos cuidados com o gado aumento. O resultado do trabalho ao longo dos últimos anos foi que a comunidade incorporou a vacinação no manejo e entende que ela não é mais somente obrigatória, mas normal e importante para o processo de produção.

 

“No início a nossa grande preocupação era incentivar os nossos produtores para que eles viessem a incorporar e entender a importância da vacinação da febre aftosa dentro das condições dos projetos da pecuária em nosso estado. Todos sabemos das dificuldades da região de fronteira e das regiões longínquas, e tínhamos uma dificuldade adicional no controle da doença e no processo de vacinação inclusive dificuldades operacionais. Esse processo todo evoluiu por demais e fez com que tivéssemos esses índices apresentados e destacamos que o MS não corre risco iminentes de contrair a doença novamente”, ressaltou Martins.

0 Comentários

Deixar um comentário

Não se preocupe! Seu email não sera publicado. Campos obrigatórios estão marcados com (*).