Com renda média de R$ 10 mil por ano, produtores de Urucum de Ivinhema estão investindo na produção e colhendo cerca de 300 toneladas do produto. O crescimento é consequência de uma parceria entre a Agência Estadual de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer), empresas do interior de São Paulo e a prefeitura municipal e tem como objetivo melhorar o plantio, levar informações sobre o manejo e promover a colheita sem perdas. A ação envolve 65 agricultores e gera cerca de 150 empregos diretos e indiretos no período da safra.

 

“Aqui a Agraer é cem por cento, tudo que a gente precisa eles nos atendem, são grandes parceiros e nesse projeto urucum a participação da Agraer tem sido importante”, comenta o presidente da Associação de Moradores e Produtores Agropecuários da Gleba Ouro Verde, Edmilson Gonçalves.

 

Na região estão sendo cultivadas duas variedades de urucum, a Verde Limão, que produz as sementes de urucum a partir do terceiro ano de plantio e, mais recentemente, os produtores passaram a plantar o Anão Precoce, que rende colheita a partir do segundo ano de cultivo.

 

Uma das parceiras dos produtores de Ivinhema é a Urucum do Brasil, com sede em Monte Castelo (SP). O diretor superintendente da empresa, Antonio Pereira Neves disse que nesta safra foram compradas cerca de 50 toneladas de urucum em Ivinhema. O produto chega em forma de sementes e na Urucum Brasil é feita a pré-limpeza, o acabamento e a estocagem à vácuo. Depois, o material é remetido a uma empresa de Valinhos (SP), onde é transformado em corante e exportado para a Dinamarca.

 

A produção de Urucum também está sendo debatida entre o Governo do MS e empresários sul-mato-grossenses. O secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck, e o diretor-presidente Agraer, Enelvo Felini, estiveram reunidos com o sócio-diretor da empresa Vale Urucum, de Nova Alvorada do Sul, Eduardo Augusto de Lima Giuliani.

 

A empresa pretende transferir tecnologias de plantio, disponibilizar sementes para os viveiros, e garantir a compra da produção de cinco hectares por assentado, em parceria com os órgãos públicos. “Essa garantia seria feita a um preço mínimo que dê margem de lucro de 20%, para os que atingirem produtividade de 900 kg/ha e bixina de 5,7 pontos, levando em conta possíveis quebra de safra por questões climáticas”, explicou Giuliani.

 

A empresa já cultiva 350 hectares de urucum na Fazenda Pantanal Leste (BR-267) no município sede e está construindo uma indústria de processamento, com obras em fase de finalização. Segundo Eduardo, em pleno funcionamento será possível processar 600 toneladas por ano, gerando aproximadamente 50 empregos diretos e outros 200 indiretos.

 

Mato Grosso do Sul é o sexto estado na produção de urucum no e a atividade tem características muito ligadas as da agricultura.

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