Setor sucroenergético e secretario criticam fala "Criminosa" de pesquisadora do Inpe
Setor
sucroenergético, assim como Secretário de Agricultura de SP, reagem a
entrevista de Luciana Gatti, alegando que a prática de queimadas já foi
eliminada e que a fala contribui para a desinformação Uma recente declaração
feita pela coordenadora do Laboratório de Gases de Efeito Estufa do Instituto
de Pesquisas Espaciais (Inpe), Luciana Gatti, desencadeou uma onda de
indignação no setor agropecuário.
Durante entrevista à Globonews no último
domingo (15), ela responsabilizou diretamente os produtores rurais pelos
incêndios que devastam partes do país. Durante sua fala, Gatti afirmou que o
uso de fogo nas lavouras ainda é uma prática comum no setor durante a colheita.
Suas palavras não apenas geraram forte repercussão entre lideranças do
agronegócio, como também motivaram uma resposta enérgica do secretário de
Agricultura de São Paulo, Guilherme Piai.
Entidades repudiam entrevista de coordenadora do INPE sobre queimadas e, diante dos fatos, setor sucroenergético reage a entrevista de Luciana Gatti, alegando que a prática de queimadas já foi eliminada e que a fala contribui para a desinformação.
Contexto e
impacto no agro
A fala de Gatti ocorre em um contexto delicado, onde o Brasil enfrenta uma das maiores crises ambientais devido às queimadas que assolam vastas áreas do país. No entanto, ao apontar o dedo exclusivamente para o setor agropecuário, a pesquisadora abriu margem para críticas sobre a simplificação de um problema complexo. O agronegócio, principal motor econômico do Brasil, tem sido alvo frequente de acusações relacionadas ao desmatamento e às queimadas, mas o setor defende sua importância estratégica, principalmente na produção de alimentos e geração de empregos.
Posição do
Inpe e a necessidade de diálogo
Procurado
pela equipe do Rural Notícias, o Inpe afirmou que não estava ciente da
entrevista de Luciana Gatti. Segundo o órgão, a pesquisadora se encontra em
viagem para um congresso científico, e a instituição aguarda seu retorno para
apurar os detalhes do caso. No entanto, o episódio levanta questionamentos sobre
a necessidade de maior diálogo entre cientistas, produtores rurais e o governo.
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