Semana foi de alta no preço da arroba, frigoríficos querem cautela
A
quarta-feira (11/10), véspera de feriado nacional, foi marcada por baixa
liquidez de negócios no mercado físico do boi gordo, mas com a manutenção de um
preço de arroba bastante firme nas principais praças brasileiras, informa a
S&P Global Commodity Insights.
Segundo a
consultoria, refletindo as valorizações recentes nos preços do boi gordo, o
mercado brasileiro esteve mais agitado no início desta semana, mas poucas
indústrias frigoríficas conseguiram formar escalas de abate para além do dia
20/10.
Diante desta
constatação, dizem os analistas, o mercado do boi gordo deve continuar operando
com firmeza no curtíssimo prazo – ainda com tendência altista –, refletindo o
maior interesse dos frigoríficos pela matéria-prima (boiada gorda).
Nesta
quarta-feira, de acordo com dados apurados pela S&P Global, houve elevação
nos preços do boi gordo em praças de Minas Gerais, Bahia e Tocantins.
“O tempo
seco e quente na faixa centro-norte do País mantém as pastagens em condições
ruins, o que prejudica a terminação de boiada, resultando em escassez de
ofertas”, observa a S&P Global, justificando os avanços da arroba nas
regiões citadas acima.
Nas demais
praças pecuárias, o fluxo de negócios não foi expressivo nesta quarta-feira,
acrescenta a consultoria.
Pelos dados
levantados pela Scot Consultoria, nesta dia de véspera de “feriadão”, houve
aumento nos preços de animais terminados no Estado de São Paulo.
Os valores
do boi “comum” (direcionado ao mercado interno) e da novilha gorda subiram R$
5/@ no mercado paulista, alcançando R$ 235/@ e R$ 225/@, respectivamente (preços
brutos e a prazo).
As cotações
da vaca gorda paulista e do “boi-China” (abatido mais jovem, com até 30 meses
de idade) ficaram estáveis nesta quarta-feira, em R$ 210/@ e R$ 240/@, no prazo
(valores brutos), acrescenta a Scot.
Segundo a
S&P Global, neste momento, há uma firme procura por novilhas gordas.
“Além da
categoria obedecer a maioria dos critérios de exportação, a carne da novilha
possui uma boa saída nas gôndolas do mercado interno”, justifica a S&P
Global.
Neste
contexto, há regiões onde algumas unidades frigoríficas chegaram a oferecer
valores na novilha equivalente aos preços do macho terminado, destaca a
consultoria.
Segundo os
analistas, há uma baixa disponibilidade de novilhas terminadas nos balcões de
negociação, acompanhada também pela redução na oferta de vacas gordas, condição
que vem reduzindo o “spread” (diferença) de preços duas duas categorias em
relação aos valores dos machos.
As
expectativas agora, diz a S&P Global, se voltam para a próxima semana, já
que, em função do feriado nacional, muitas unidades de abate não devem operar
nesta quinta (12) e sexta-feira (13).
“A chegada
da segunda quinzena costuma deixar o ambiente de negócios mais truncado no
mercado físico, em função da queda no ritmo de escoamento da produção de carne
bovina ao mercado interno”, antecipa a S&P Global, referindo-se ao período
de menor poder aquisitivo da população, devido ao maior distanciamento do
pagamento dos salários, sempre no início do mês.
Porém, a
enxuta oferta de animais terminados e o andamento natural das exportações
brasileiras (de carne bovina) devem, ao menos, oferecer suporte à firmeza da
arroba nas próximas semanas, acreditam os analistas da S&P Global.
SP-Noroeste:
boi a R$ 246/@ (prazo)
vaca a R$ 227/@ (prazo)
MS-Dourados:
boi a R$ 231/@ (à vista)
vaca a R$ 215/@ (à vista)
MS-C.Grande:
boi a R$ 233/@ (prazo)
vaca a R$ 217/@ (prazo)
MT-Cáceres:
boi a R$ 204/@ (prazo)
vaca a R$ 187/@ (prazo)
MT-Cuiabá:
boi a R$ 202/@ (à vista)
vaca a R$ 182/@ (à vista)
MT-Colíder:
boi a R$ 200/@ (à vista)
vaca a R$ 187/@ (à vista)
GO-Goiânia:
boi a R$
212/@ (prazo)
vaca R$ 187/@ (prazo)
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