A caravana formada por empresários e políticos, que saiu de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, e está seguindo até os portos de Iquique e Antofagasta, no Chile, para estudar o caminho para a implantação da Rota da Integração Latino-Americana (Rila), está descobrindo caminhos que precisam de muitos investimentos e lugares que poderão ser transformados em pontos turísticos de fácil acesso.

 

Realizada pelo Sindicato das Empresas e Transporte de Cargas e Logística de Mato Grosso do Sul (Setlong), a rota pretende ligar o Centro-Oeste brasileiro com os portos chilenos passando ainda pelo Pantanal (Chaco) paraguaio e pela Argentina.

 

Um dos trechos mais complicados encontrados pela comitiva foi entre as cidades de Boquerón e Pozo Hondo, um percurso de 500 km. Para contornar o problema e implantar uma pavimentação própria para o escoamento dos produtos, o governo paraguaio, em parceria com a iniciativa privada, pretende investir cerca de 60% dos R$ 3,4 bilhões que serão destinados para a construção de rodovias interligando os caminhos.

 

Para atravessar o Paraguai, a rodovia vai de Carmelo Peralta até Pozo Hondo, na divisa com a Argentina. O ministro das Relações Exteriores, Didier César Olmedo Adorno, declarou que a licitação já foi aberta e que empresas de Portugal, do Chile, do Brasil e da Argentina estão concorrendo.

 

O Chaco é uma das regiões de maior produção de carne bovina do continente sul-americano, contudo, o transporte é precário por falta de boas estradas, conforme se expressou o governador da província de Boquerón, Edwin Pauls.

 

Outro detalhe destacado pelos componentes da caravana é a abertura de novos caminhos para o turismo, tanto para o Brasil quanto para os outros três países sul-americanos. O secretário de Estado de Infraestrutura de Mato Grosso do Sul, Marelo Miglioli, demonstrou entusiasmo com as possibilidades que a rota bioceânica oferece para o intercâmbio econômico e cultural entre os quatro países.

 

“O nosso turismo terá um grande salto de desenvolvimento, acompanhando outros setores produtivos, e estou plenamente convicto de que esta rota será um meio transformador da região, atraindo um novo público para os atrativos do Estado e permitindo que também os sul-mato-grossenses conheçam as maravilhas que visitamos no Paraguai, Argentina e Chile”, disse Miglioli.

 

O aumento no número de caminhões e carros pela Rota era uma das principais preocupações dos empresários. Entretanto, a presença dos participantes no local permitiu averiguar que a passagem pelas cordilheiras argentina e chilenas acontece de maneira natural, sem perigos iminentes. O caminho até os portos chilenos de Iquique e Antofagasta é cercado por montanhas e uma boa infraestrutura rodoviária.

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