Rio Miranda sofre com escassez de chuvas
O Rio Miranda, um dos principais rios piscosos de Mato Grosso do Sul, enfrenta a pior marca já registrada para março. De acordo com dados do Serviço Geológico do Brasil divulgados na última semana, a régua instalada próximo à cidade de Miranda indicava apenas 1,44 metro, bem abaixo da média histórica de 3,97 metros para o período.
A escassez de chuvas tem sido o principal fator para a baixa no nível do rio. Desde o início da temporada chuvosa, em setembro de 2024, seis dos sete meses registraram precipitações abaixo da média. Até agora, o volume acumulado na bacia do Rio Miranda é de 530 milímetros, quando o esperado para esse intervalo seria de 880 milímetros — um déficit de aproximadamente 350 milímetros.
A estiagem prolongada gera preocupação para o setor turístico e pesqueiro do Pantanal. O transbordamento do rio, essencial para a renovação dos ecossistemas aquáticos e para a manutenção da pesca, ocorre apenas quando a régua marca acima de sete metros. Em anos de cheias históricas, como 2013, o Rio Miranda chegou a atingir 10,6 metros em março. Em 2025, no entanto, não passou dos três metros em nenhum momento e tem se mantido cerca de dois metros abaixo da média histórica desde janeiro.
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