A divulgação do levantamento realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado na última quinta-feira (10), aponta que os produtores do Mato Grosso do Sul também estão investindo em plantios de produtos diferentes da soja e do milho, os carros-chefes da produção estadual. O relatório aponta que os produtores de algodão, sorgo, arroz, feijão, aveia e trigo estão aumentando as áreas cultivadas, aproveitando o preço em alta dos produtos e se valendo da grande produtividade das sementes.

 

De acordo com a Companhia, a cultura do algodão ocorre predominantemente na região dos chapadões e encontrando-se em fase de colheita. As perspectivas de produção estão em 4.300 kg por hectare, mesmo com uma área plantada reduzida em 4,3% em comparação a safra passada. Entretanto, o valor do produto está em alta e a comercialização do produto se encontra em torno de 45% do total estimado.

 

No caso do feijão-comum cores, houve um aumento de quase 80% na área plantada com uma produtividade de mais de 65% em relação ao ano passado. Isso significa uma colheita de 1.650 kg/ha. O que está causando esse aumento é a boa condição climática ocorrida na atual safra, mesmo que tenha havido uma perda da qualidade dos grãos por conta também das chuvas.

 

O relatório apresenta também uma queda acentuada na quantidade de áreas plantadas de sorgo. Nos últimos anos, houve uma redução de mais de 7 mil hectares cultivados. A expectativa dos produtores é que sejam colhidos 3.500 kg/ha, o que representa um incremento de 3,2% sobre a safra anterior em decorrência de melhores condições climáticas durante o ciclo da cultura na safra atual. Outro fator que tem contribuído com o baixo interesse do produto é que o preço é vinculado ao do milho, que está em baixa nessa 2ª safra 2016/2017, mesmo que este produto seja mais fácil de ser comercializado, com compradores adquirindo imediatamente após a colheita.

 

A produção de aveia é um dos destaques desse relatório, com um aumento de 6,7% em comparação a safra anterior. O levantamento aponta que a maioria das lavouras plantadas são destinadas à cobertura do solo, pois o cereal tem pouco mercado no estado e a produção é enviada para o interior de São Paulo e para fabricação de ração. A Conab não informou a quantidade de área plantada e nem a estimativa de produção.

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