Presidente da FPA deputado Pedro Lupion diz que setor é contra taxação do agronegócio
O deputado federal Pedro Lupion (PP-PR) foi empossado para um segundo mandato na Câmara dos Deputados e assumirá a presidência da Frente Parlamentar da Agropecuária, grupo que agrega mais de 300 parlamentares -- e uma das maiores forças de articulação política no Congresso. Lupion tratou dos principais desafios de sua gestão e foi enfático sobre a posição do agro em relação à reforma tributária.
"Não temos contrariedade alguma em relação a uma reforma tributária. Pelo contrário, a gente acha que é extremamente necessária", diz. "O que a gente não pode admitir e não admite de forma alguma é taxação do agro. Isso a gente não vai admitir, não vai aceitar e não vai deixar passar."
Para ele, qualquer revisão da Lei Kandir e a possibilidade de isenção das exportações do agronegócio geraria um problema econômico "gravíssimo para o país". "A gente não pode aceitar. Enfrentamos concorrentes e players mundiais que têm incentivos fortíssimos, coisa que a gente não tem. Se a gente ainda tiver que pagar a conta, fica mais complicado", afirma.
O deputado também avaliou que a relação da FPA -- e do agronegócio em geral -- com o novo governo é tensa, pautada por uma rixa "ideológica" com os ministérios do Desenvolvimento Agrário e do Meio Ambiente, cujas atitudes têm sido pesadas em relação agro, em sua avaliação. "O governo tem demonstrado um posicionamento difícil em relação a nós, do agro, com exceção do ministro Carlos Fávaro, com quem temos boa relação", diz.
Para Lupion, a demonstração desse "ataque" é a nova configuração dos ministérios, com a transferência da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e da agricultura familiar para o MDA, bem como do Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural (CAR) da pasta da Agricultura para o MMA.
Para o futuro, Lupion avalia ser necessário maior integração
com o próximo presidente do Senado, Casa onde muitas pautas do agronegócio têm
travado. "Imagino que vamos conseguir ter uma vida mais fácil nas nossas
pautas no Senado", afirma. "Vamos ter condições de avançar, sim, em
pautas que estão paradas lá. Pautas importantes, como licenciamento ambiental,
regularização fundiária, lei de pesticidas."
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