Por defender com unhas e dentes Cunha, Temer e Puccinelli, Marun agora vai virar ministro
O presidente Michel Temer nomeará o deputado federal Carlos Marun (PMDB-MS) para chefiar a articulação política do Palácio do Planalto, como ministro da Secretaria de Governo. Na noite de terça-feira (21), em conversa com parlamentares da base aliada, o peemedebista foi convencido a recuar na permanência do ministro Antônio Imbassahy na pasta.
Para oficializar a nomeação, o presidente se reuniu com Marun na manhã desta quartafeira (22), quando o parlamentar disse que não pretende ser candidato à reeleição, condição estabelecida por Temer para a escolha. O novo ministro será anunciado nesta tarde, antes de um jantar do presidente com deputados governistas para tentar costurar a votação da reforma previdenciária.
Marun foi indicado pela bancada do PMDB na Câmara. Ele foi o principal líder da tropa de choque do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no processo que levou à cassação e à prisão do parlamentar fluminense.
O nome de Marun enfrentava resistência de alguns partidos, como o PR e o PSD, que chegaram a sugerir nos bastidores a manutenção de Imbassahy no posto. O próprio presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendia a manutenção do ministro tucano.
A maioria dos partidos da base aliada, entretanto, cobrava a saída do tucano do posto desde que o PSDB começou a se afastar do governo. Temer chegou a admitir a permanência de Imbassahy, mas decidiu bater o martelo em um esforço para destravar a votação da reforma da Previdência.
Aliados de Temer acreditavam que a permanência do tucano inviabilizaria a conquista de votos para aprovar a proposta
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