O mercado físico do boi gordo fechou a semana apresentando pouca movimentação de preços, na maioria das praças avaliadas no fechamento da primeira semana do ano. A dinâmica do mercado pouco mudou, ou seja, os frigoríficos atuaram com tranquilidade na compra em vários estados, tentando preços menores para a arroba. Mas as atenções precisam estar voltadas para alguns pontos, confira.

O ano começou, porém, as negociações no mercado físico do boi gordo ainda não retornaram aos níveis normais de atividade e liquidez, como historicamente é o início de ano – ruim para o consumo na ponta final devido ao menor poder de compra das famílias, devido a gastos extras.

Além disso, muitas indústrias ainda permanecem em férias coletivas, enquanto os pecuaristas também postergam a volta ao mercado, gerando lateralidade nos preços do boi gordo na maior parte das praças pecuárias.

A boa oferta de bovinos terminados e escalas alongadas fizeram com que o preço da arroba permanecesse estável ao longo da semana. Desta forma a cotação da arroba do boi gordo ficou em R$280,00, da vaca gorda em R$267,00 e da novilha gorda R$272,00, preços brutos e a prazo.

O “boi China” está cotado em R$285,00/@, preço bruto e a prazo, segundo a Scot Consultoria. “Além dos dados de exportação, no decorrer das próximas semanas o mercado deve prestar atenção no ritmo de compras da China”, diz Agência Safras.

Já o Indicador do Boi Gordo, segundo o CEPEA, fechou a primeira semana do ano com uma variação positiva acumulada em 1,01%. Com isso, os preços saltaram de R$ 284,95/@ para o patamar de R$ 289,75/@. Além disso, é importante ressaltar que o preço retoma a um movimento de alta, como é possível observar no gráfico abaixo. “Nestes primeiros dias de 2023, os players estiveram ausentes das negociações, condicionando um ambiente de baixa liquidez e poucas negociações entre pecuaristas e indústrias”, ressalta a consultoria IHS Market.

Frigoríficos vão tentar, mas pecuarista precisa comandar

No entanto, diz a IHS, para essa semana, confirmando as expectativas de um mercado mais ativo nos dois lados da cadeia, espera-se uma continuidade nas tentativas dos frigoríficos brasileiros em empregar preços abaixo dos referenciais.

0 Comentários

Deixar um comentário

Não se preocupe! Seu email não sera publicado. Campos obrigatórios estão marcados com (*).