Papy apresenta manifesto do Pro D TEA sobre troca dos professores auxiliares da Reme
O vereador Papy (SOLIDARIEDADE) voltou a debater sobre a situação dos alunos com autismo da Rede Municipal de Ensino de Campo Grande (Reme). Durante a sessão desta terça-feira (16), o vereador apresentou o manifesto da Associação Pro D TEA contra a troca dos professores auxiliares da Reme.
“Algo triste tem acontecido na cidade com a retirada dos profissionais que há tempos estão cuidando das crianças com autismo”, afirmou Papy.
A vice-presidente da associação, Naina Dib, também participou da sessão. Segundo o documento da Pro D TEA, pais de crianças com autismo reclamam que neste mês, sem qualquer comunicação prévia, houve a troca repentina dos profissionais de apoio que atendem às crianças da Educação Especial da Reme. Em decorrência, a Pro D TEA recebe diariamente inúmeras mensagens com denúncias de falta de profissional de Apoio Especializado em várias escolas municipais de Campo Grande.
“É um prejuízo para a nossa Educação Especial que já foi referência para o Brasil e, hoje, está totalmente sucateada. Uma criança da Educação Especial, principalmente um autista, precisa dar uma continuidade com um mesmo professor. Quando há uma troca daquele professor, retroage aquele avanço que o aluno teve. É prejudicial para a família, é prejudicial para a escola, mas principalmente para a criança”, ressaltou Papy.
O vereador do Solidariedade pediu à Comissão Permanente de Educação da Câmara Municipal de Campo Grande providências em relação à situação da Educação Especial. “É necessário que a hoje a gente tome uma providência em relação a esse crime que está sendo cometido com as nossas crianças da Educação Especial de Campo Grande”, finalizou Papy.
O vice-presidente da Comissão Permanente de Educação, vereador Valdir Gomes (PSD), disse que estão acompanhando a falta de Assistente de Educação Inclusiva (AEI) na Reme, mas o que o problema foi a recomendação do Ministério Público Estadual para a realização do processo seletivo para a contratação desses profissionais.
“É verdadeiro quando o senhor [Papy] coloca que é prejudicial às crianças mudar o professor que já acompanha, já conhece, já tem uma estrutura familiar. Obviamente que quando mexe nessa estrutura o próprio aluno nem quer ir à escola. O Ministério Público exigiu concurso para efetivar esse povo. O que está faltando é que tenha firmeza nessa situação, que realmente está caótica, crianças estão deixando de ir à escola por falta do professor que está com ele há 3 anos. É uma estrutura que a prefeitura tem que fazer concurso para valorizar a categoria. É um erro muito grande que essa Casa tem que intervir”, replicou Valdir Gomes.
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