O Complexo do Pantanal, ou simplesmente Pantanal, é um bioma constituído principalmente por uma savana estépica, alagada em sua maior parte, com 250 mil km² de extensão, altitude média de 100 metros,1 situado no sul de Mato Grosso e no noroeste de Mato Grosso do Sul, ambos Estados do Brasil, além de também englobar o norte do Paraguai e leste da Bolívia (que é chamado de chaco boliviano), considerado pela UNESCO Patrimônio Natural Mundial e Reserva da Biosfera, localizado na região o Parque Nacional do Pantanal. Em que pese o nome, há um reduzido número de áreas pantanosas na região pantaneira.

 

O pantanal é uma formação de planícies inundadas pelas cheias do rio Paraguai, gerando um fantástico e único ecossistema. Fauna e flora de grande beleza ocupam as regiões encharcadas do sudoeste do Brasil, continuando até o Paraguai e a Bolívia.

 

Entre a Amazônia e o Cerrado, o Pantanal é também habitat de espécies desses dois biomas, além de apresentar espécies endêmicas, que só podem ser vistas na região. Por esta rica biodiversidade, o Pantanal é reconhecido pela Unesco como patrimônio natural da humanidade.

 

O bioma é propício para o desenvolvimento de produtos com vocação medicinal e variados tipos de mel, de privilegiadas características físico-químicas e sensoriais. Gado orgânico é criado pelas famílias nativas com apoio da WWF Brasil. Trata-se de um excelente exemplo da integração harmônica da atividade econômica com a cultura e o meio ambiente regional.

 

Além disso, tem poucas montanhas, o que facilita o alagamento. O Pantanal é uma das maiores extensões (alagadas) contínuas do planeta e está localizado no centro da América do Sul, na bacia hidrográfica do Alto Paraguai. Sua área é de 150.000 km², com 65% de seu território no estado de Mato Grosso do Sul e 35% no Mato Grosso.

 

Perigo entre o Pantanal e os Turistas

 

O turismo na região do Pantanal tem sido negligenciado por órgãos ambientais, pesquisadores e por quem explora comercialmente a maior planície alagada do mundo. O Centro de Pesquisa do Pantanal (CPP) organizou dois eventos com a comunidade acadêmica para discutir o tema em Cuiabá (MT) e em Campo Grande (MS) e chegou-se à conclusão de que não há pesquisas avaliando o impacto de embarcações nos rios, o comportamento dos animais com a presença dos seres humanos, os malefícios e o resultado das visitações em ninhais.

 

Um dos resultados do turismo desenfreado no Pantanal é a ‘ceva’ da onça-pintada para garantir que os turistas possam pagar caro e ver o maior felino das Américas. A organização não-governamental Instituto Homem Pantaneiro, com sede em Corumbá (MS), denunciou ao Ministério Público Federal (MPF) de Mato Grosso do Sul a prática proibida.

 

Turistas e guias jogam carne para os felinos e com o tempo eles passaram a se habituar a ir no mesmo local para conseguir alimento fácil, assim deixam de seguir seus instintos de caçada e busca por alimento em seu território. Do lado de Mato Grosso, a prática é um boato que todos sabem que se faz, mas ninguém assume ou denuncia.

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