No Mato Grosso do Sul VBP alcançou R$ 59 bilhões em julho
O Valor Bruto da Produção (VBP) Agropecuária de Mato Grosso do Sul alcançou R$ 59,8 bilhões em julho, conforme dados da Carta de Conjuntura Agropecuária elaborada pela Coordenação de Economia e Estatísticas da Semadesc, com base em levantamento do Ministério da Agricultura. Esse desempenho mantém o estado na 7ª posição entre as 27 Unidades da Federação no ranking nacional do VBP Agropecuário.
Dos R$ 59,8 bilhões registrados, a agricultura representa R$ 39,8 bilhões, mas o setor sofreu uma retração de 25,37% em relação a 2023. Essa queda é atribuída principalmente à baixa nos preços dos principais produtos, como soja e milho, que enfrentaram um cenário de oferta mundial elevada. Além disso, as condições climáticas adversas, agravadas pelos efeitos do El Niño, afetaram negativamente a produção.
Apesar desse cenário, alguns produtos como amendoim (1ª safra), algodão herbáceo e arroz registraram aumentos na estimativa de produção. No entanto, a produção total agrícola do estado para 2024 é estimada em 95,48 milhões de toneladas, distribuídas por 7,16 milhões de hectares, o que representa uma queda de 13,1% em relação ao ano anterior.
Em contraste com a agricultura, a pecuária de Mato Grosso do Sul apresentou uma variação positiva de 2,60% em comparação a 2023, com uma estimativa de R$ 19,9 bilhões em 2024, representando 33,38% do VBP estadual. O estado contava, até julho, com um rebanho bovino de 18 milhões de cabeças, além de 1,801 milhão de suínos, 114 milhões de aves e 701 mil peixes.
O crescimento mais expressivo foi observado no grupo de ‘Bicho da Seda’, com uma variação positiva de 6,020% em relação ao mesmo período do ano passado. Em termos regionais, municípios como Corumbá, Campo Grande, Dourados, Aparecida do Taboado, Aquidauana, Porto Murtinho e Ribas do Rio Pardo se destacam pela quantidade e participação de seus rebanhos.
Apesar das adversidades enfrentadas pelo setor agrícola, Mato Grosso do Sul continua sendo um dos principais produtores de grãos do Brasil, ocupando a 6ª posição nacional com uma participação de 7,83%. O estado ainda deve continuar enfrentando desafios ligados às oscilações de mercado e às condições climáticas, mas a resiliência demonstrada pela pecuária oferece um alento para a economia local.
Com o acompanhamento contínuo das estatísticas e um foco em políticas de apoio ao setor, o estado busca manter sua relevância no cenário agropecuário nacional e garantir a sustentabilidade econômica e ambiental de suas produções.
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