Mulher abandona cidade e tem uma vida maravilhosa no campo
Na última década, o Brasil se tornou um país com a maior parte da população urbana, no último senso populacional do IBGE 2013. Na zona rural, foram contabilizadas 14.129.837 mulheres, o equivalente a 7,4% da população.
A pequena proporção de mulheres vivendo na zona rural, que ainda enfrentam todos os dias as dificuldades de se viver em locais afastados, de difícil acesso, onde o Estado tarda a chegar com serviços públicos essenciais para uma vida com qualidade.
Eva Jovina da Cruz e Souza Nascimento, de 50 anos, e tocava uma conveniência no bairro mais populoso de Campo Grande, e depois de ter tido vários assaltos que acabaram deixando sequelas, a mulher acabou tomando a decisão de ir morar no sitio.
Eva relata que não foi uma decisão fácil, mas acabou indo morar na zona rural de Sidrolândia, e deixando o tumulto e a pressão psicológica que não deixava ela trabalhar e acabou indo para a luta no campo a aproximadamente 10 anos.
Depois de arrumar as malas e ir para o sítio com o marido e as duas filhas, ficaram dois anos morando debaixo de um barraco, e ela não tinha como construir por falta de recursos, e foi um momento complicado até chegar o recurso do INCRA.
Depois de se adaptar ao campo, a guerreira começou a plantar café, abacaxi, mandioca e outras coisas para o consumo de casa. Tem vários pomares, com vários tipos de frutas, hoje em dia ela tem frango caipira e galinhas Poedeira e ainda tem um pouco de gado.
Eva diz que não tem palavras para explicar o que é ser uma mulher no campo, mas relata que é “uma dádiva de Deus a terra, pois você planta, meche na terra, vê crescer, respira ar puro, curte a natureza, você ter a sua própria sobrevivência é tudo”.
Autor: Marcos Tenório
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