MS não vai aceitar qualquer modelo de concessão, reforça Pedrossian Neto na 1ª audiência da Malha Oeste
Encontro que defende ramal Campo Grande-Ponta Porã recebe apoio de autoridades e produtores de Sidrolândia
O deputado estadual Pedrossian Neto (PSD) fez a primeira audiência pública em defesa do ramal Campo Grande-Ponta Porã, na relicitação da Malha Oeste. O encontro aconteceu no Sindicato Rural de Sidrolândia, na noite de quarta-feira (31), e contou com a participação de autoridades e produtores do município.
“Nós mostramos a inconsistência dos estudos da ANTT [Agência Nacional de Transportes Terrestres], que apontou que haveria pouca carga e pouca demanda. Mas nós temos mais de 11 milhões de toneladas de soja, milho, cana, dentre outros produtos, e que isso permite sim que nós possamos incluir esse ramal de 350 km”, afirmou o deputado Pedrossian Neto durante a reunião pública.
Durante o encontro, bem como as visitas feitas nas cooperativas Alfa e Coamo, a pauta da inclusão do ramal Campo Grande-Ponta Porã recebeu apoio e reforço da sociedade.
“A ideia é fazermos uma marcha dos prefeitos das cidades onde passa a ferrovia e junto com o governador Eduardo Riedel entregar uma carta manifesto dizendo que Mato Grosso do Sul não vai aceitar uma licitação da Malha Oeste sem o ramal Campo Grande-Ponta Porã”.
Estudos da ANTT
Assim que a ANTT apresentou os estudos para a nova concessão, o deputado demonstrou preocupação quanto à exclusão do ramal. A princípio, o trecho a ser relicitado é o que liga Corumbá (MS) a Mairinque (SP).
Pedrossian Neto já levou o assunto e o pleito ao conhecimento dos diretores da ANTT, nas ocasiões em que foram feitas audiências em Campo Grande e em Brasília. “Eles [ANTT] estão falando que, em 2035, seriam 200 mil toneladas [de produção a serem transportadas]. Mas o volume de grãos na safra de 2022, só de soja, foi de 13 milhões de toneladas”, cita o deputado.
Além disso, Maracaju é o centro de produção de soja de MS, dado que é importante para a defesa do ramal Campo Grande/Ponta Porã. “Faz mais sentido quem está em Maracaju, que é o centro produtor de soja de Mato Grosso do Sul, ir de caminhão até Mairinque, ao invés de usar a ferrovia?”, questiona o parlamentar.
Próxima audiência
Nesta quinta-feira (1º), o encontro será em Maracaju, a partir das 9h, para uma coletiva de imprensa na Prefeitura daquele município. Na sequência, às 10h, o parlamentar visita a Cooperativa Coophasul. Às 18h, a audiência sobre o assunto será na Câmara Municipal de Maracaju. Assessoria - Foto: Eduardo Cesar
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