MS celebra 40 anos de avanços e mudanças econômicas e sociais
Mato Grosso do Sul está comemorando, nesta quarta-feira (11), 40 anos de independência política e desmembramento do estado de Mato Grosso. Desde 1977, quando o presidente Ernesto Geisel comunicou que o governo federal decidiu sobre o assunto durante uma reunião com o governador José Garcia Neto, no dia 4 de maio, o estado tem sofrido mudanças que beneficiam a população e a economia, não somente local, mas de todo o Brasil, se consagrando como um dos maiores produtores de grãos e criador de carne bovina do país.
Com 357.145,532 km², sendo maior que a Alemanha e uma população de mais de 2 milhões habitantes, de acordo com levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), distribuídos em 79 municípios, o Mato Grosso do Sul está em expansão.
O vasto território e a variedade da fauna e flora bem conservadas garante uma rica variedade de oportunidades para a indústria, o comércio, o turismo e os trabalhos voltados para o meio ambiente. O estado contém na extremidade ocidental o Pantanal – a maior parte (65%) desse bioma se encontra no Mato Grosso do Sul; a noroeste estão as planícies; e o leste encontram-se os planaltos com as serras escarpadas. As principais atividades econômicas são agricultura (soja, milho, algodão, arroz, cana-de-açúcar); pecuária (gado bovino); mineração (ferro, manganês, calcário); e indústria (alimentícia e celulose).
Em todos esses anos, 10 governadores estiveram a frente do Executivo do Estado. Harry Amorim Costa foi o primeiro. Ele assumiu o cargo nomeado pelo Presidente da República. Em seguida veio Londres Machado, que era presidente da Assembleia Legislativa. Marcelo Miranda e Pedro Pedrossian foram eleitos pelo Colégio Eleitoral.
Após a queda do regime militar, a nova república se consolidou e o voto veio para as mãos da população. Wilson Barbosa Martins foi o primeiro a ser eleito pela comunidade. Ramez Tebet veio logo em seguida. Durante esse período, Miranda, Pedrossian e Martins reassumiram o cargo. Os três últimos governadores foram Zeca do PT, André Puccinelli e o atual, Reinaldo Azambuja. Cada um dos representantes do povo fez história na administração a frente do Governo Estadual.
Nos últimos 10 anos, o Mato Grosso do Sul vem passando por uma mudança cultural e econômica em todas as regiões. A diversidade de leis e regras nacionais e estaduais criadas neste período com relação aos cuidados ambientais e a facilidade para a instalação de indústrias visando a melhoria da mão de obra e a ampliação da renda do trabalhador, principalmente do interior do estado, tem feito com que Mato Grosso do Sul aparecesse nas listas de possíveis locais de mercado produtor e consumidor.
A consultoria britânica Economist Intelligence Unit (EIU), o Centro de Liderança Pública (CLP) e a Tendências Consultoria, colocaram Mato Grosso do Sul na 9ª posição entre as 27 unidades da Federação na soma de todos os indicadores de desenvolvimento, sendo apontado como o terceiro em potencial de mercado.
A excelente localização, na região central da América do Sul e fazendo fronteira com cinco estados – os principais do país – e dois países, permite que o estado tenha atrativos para a indústria e o comércio que poucos estados podem fornecer.
O fortalecimento da economia, a chegada de novas indústrias e a expansão do agronegócio andam aliados aos cuidados ambientais. “A diversificação econômica foi o grande avanço nesses 40 anos. Mato Grosso do Sul era para os paulistas o paraíso da pesca e nesse ponto avançamos muito na questão ambiental, regulamentando a pesca e mudando a imagem de Estado predador. Hoje Mato Grosso do Sul tem muito claro, com amparo de leis, quais as áreas que devem permanecer intocáveis”, disse Azambuja.
Ele ainda ressalta que antes da adoção Cadastro Ambiental, já estava em vigor no Estado o Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) e os decretos normativos que contemplam as exigências e necessidades do desenvolvimento sustentável e preservação de todos os recursos naturais. “Nossa pecuária e agricultura estão no topo, basta vermos a evolução do nosso PIB. A carne e grãos são os principais componentes da agroindústria, de modo que a oferta de matéria-prima em abundância é o que dá velocidade à expansão industrial no Estado”, ressaltou.
Segundo informações do Governo do Estado, Mato Grosso do Sul vai registrar o maior crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano. O índice deve ficar próximo de 2,5%, segundo estudo divulgado pelo banco Santander. Já os indicadores da indústria de transformação teve uma taxa de crescimento de 424%. Reunindo todas as atividades da indústria, no período de 2002 a 2012 o PIB passou de R$ 2,2 bilhões para R$ 10,2 bilhões, representando um crescimento de 356%, uma taxa média de 14,8% ao ano.
Os trabalhos desenvolvidos junto ao empresariado e as indústrias proporcionaram que os investimentos de empresas incentivadas também agregassem valor à produção agropecuária. No conjunto das atividades econômicas do Estado, a agropecuária tem uma taxa de crescimento real projetada de 8,3% este ano, a indústria, de 1%, e o setor de serviços, de 1,5%, demonstrando que a agroindústria agrega valor à produção, garante rentabilidade ao produtor e liquidez de mercado.
Outro fator que tem contribuído com o desenvolvimento da economia estadual é o investimento em novas tecnologias e o incentivo as pesquisas agropecuárias. De acordo com o Governo, as atividades econômicas e outros segmentos da iniciativa privada e sociedade civil organizada estão produzindo material de primeira qualidade e exportando projetos científicos. Os estudos são realizados nos centros de ciência e pesquisa, nas três universidades públicas e nos três centros de pesquisa da Empresa Brasileira de Agropecuária (Embrapa) – Gado de Corte em Campo Grande, Agropecuária em Dourados e Pantanal em Corumbá.
A divisão do estado de Mato Grosso do e a criação de Mato Grosso do Sul foi um marco na história do país. Com a ferrovia que ligava Corumbá a São Paulo, a região sul ganhava cada vez mais visibilidade e os municípios que existiam – os mais antigos criados após a guerra do Paraguai (1864-1870) – estava se fortalecendo sem a ajuda da capital, Cuiabá.
“A divisão foi boa tanto para Mato Grosso, quanto para Mato Grosso do Sul. Para nós, diversificou a economia, construímos uma identidade própria e somos um dos que mais crescem, à mercê da divisão. Não tenho dúvida que já somos dos melhores estados e em 10 ou 15 anos estaremos na ponta do país. Mato Grosso do Sul chega aos 40 anos como um Estado rico em gente, em sonhos e em caminhos que vão ser trilhados com segurança e fortaleza por nós e por todos os que virão depois de nós. Parabéns, Mato Grosso do Sul” disse o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, deputado estadual Junior Mochi.
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