O mercado de defensivos no Brasil deve recuar por mais um ano, após dois anos de queda nas vendas, disse nesta terça-feira, 28, o presidente da Adama Brasil, Rodrigo Gutierrez. Em 2017, o faturamento do setor deve cair 10,6%, para US$ 8,5 bilhões, ante US$ 9,5 bilhões no ano passado, quando o mercado diminuiu 1%.

Dentre as razões para a estimativa, foram apontadas o menor estoque de defensivos com a rede de distribuição de insumos, a contínua entrada de produtos ilegais no país e vendas menores de alguns tipos de defensivos, decorrentes da expansão do uso de variedades de soja tolerantes a lagartas. "Pela primeira vez em muitos anos, o estoque de entrada em 2018 será significativamente menor que o verificado no começo de 2017", disse Gutierrez em evento realizado em São Paulo, sem detalhar o volume esperado.

Também em 2017, a Adama prevê crescer 2%, com participação de mercado de aproximadamente 5,1%, disse o presidente da companhia. Segundo o executivo, a previsão inicial era de que a receita da empresa aumentasse 10% neste ano, mas o atraso na liberação de registro para dois defensivos da companhia, pelo governo federal, impediu vendas maiores.

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