O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante o discurso que fez ao decretar a intervenção federal no Distrito Federal, em Brasília, para fazer críticas descontextualizadas ao agronegócio brasileiro. A fala já foi repudiada por representantes do setor. 

"O agronegócio maldoso, sabe? Aquele agronegócio que usa agrotóxicos, sem nenhum respeito para a saúde humana, possivelmente também estava lá", disse em seu pronunciamento neste domingo, 8 de janeiro. 

O produtor rural e vereador de Brasnorte, em Mato Grosso, Norberto de Paula Kovaleski Junior, trouxe uma nota afirmando que repudia "veemente as falas inconsequentes e tendenciosas do Sr. Presidente Luís Inácio Lula da Silva. Sempre buscamos o respeito pleno ao direito de propriedade assegurado pela Constituição Federal".

O presidente afirmou também que nunca se noticiou atos em que a esquerda  ou movimentos ligados à esquerda tenham sido responsáveis pela invasão de propriedades, porém, em especial instituições públicas. Lula, no entanto, parece ter se esquecido das inúmeras invasões do MST (Movimento dos Sem Terra) a áreas privadas e propriedades rurais. 

Vídeos de reportagens da invasão ao Congresso Nacional por integrantes do MST e do MLST (Movimento de Libertação dos Sem Terra), em 2014, foram recuperados e já circulam pelas redes sociais. 


"Ao contrário do que disse o presidente Lula, historicamente, sempre sofremos com invasões de movimentos terroristas como o MST. Por justiça, a verdade deve ser restabelecida. Esperamos que o Presidente da República peça desculpas públicas ao agronegócio brasileiro, seguimento este que além de gerar superávit econômico ao Brasil, ainda é o responsável por acabar com a fome no mundo como consignado recentemente pela própria Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura - FAO", complementa Kovaleski.

Uma reportagem do SBT, à época, também tratou do assunto. 

Em 2021, a sede da Aprosoja BR, Abramilho e Abrass, em Brasília foi invadida e vandalizada pela Via Campesina e pelo MST. Relembre:

Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o vereador afirmou ainda que Mato Grosso foi um dos primeiros locais de início das manifestações pedindo pelas respostas sobre a lisura do processo eleitoral e que os atos registrados na capital federal são mais um reflexo do descontentamento de uma enorme parcela da população brasileira. 

"Os cidadãos de bem, muito mais do que 70% da nossa população, não concorda com esse tipo de política. Já vimos nesta primeira semana de mandato que o atual presidente - dito eleito democraticamente - cita muitas vezes o agronegócio, querendo inviabilizar a produção, e o agronegócio do Mato Grosso", diz. Ele afirma ainda acreditar que o estado possa ser "castigado" por ter vindo apoiando uma política de direita, além de seguir pesando com suas ações sobre a produção do estado. 

"Trata-se de um governo criminoso e que é contra a evolução do povo brasileiro", lamenta Kovaleski. "Isso enquanto a perspectiva do agronegócio é de ampliar. Hoje, o agronegócio traz a maior tecnologia que o Brasil tem, se produz mais em menos área. Hoje, nas áreas de pastagens degradas, se usa a tecnologia que o agro traz pra produzir mais em menos espaço. Produzimos mais a cada dia, preservando áreas em todo o Brasil".

MINISTRO DA AGRICULTURA

Em sua conta no Twitter, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, tratou como "inaceitável" o que se registrou em Brasília neste domingo. Fávaro também falou em terrorismo e proteção das instituições. 

"Inaceitável o ataque contra a democracia brasileira neste momento em que lutamos para recuperar a imagem do Brasil perante ao mundo. Todos os nossos esforços serão empenhados na pacificação do país". 

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