O diretor-presidente do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) Ricardo Éboli declarou, na manhã desta segunda-feira (5), que é preciso políticas públicas que estimulem a conscientização das pessoas com relação aos cuidados com o meio ambiente, ressaltando que, com o passar dos anos, está acontecendo um movimento por parte da população sobre pequenos cuidados ambientais.

 

Um dos grandes avanços é a implantação do Cadastro Ambiental Rural, instituído pelo Código Floresta Brasileiro, de 2011. Com ele, os órgãos ambientais passaram a ter um instrumento de diagnóstico de situação das propriedades rurais. O código se baseia em duas áreas principais: preservação permanentes, que engloba as mata ciliares ou em torno de nascentes, e de reserva legal, que ocupa 20% do território do estado.

 

Outra mudança foi a implantação de ações que contribuíram com a aproximação entre os órgãos ambientais e o produtor rural. “Nós do Imasul estamos buscando atrair todos os segmentos produtivos criando uma relação de cumplicidade e não mais aquela de controle”, disse Éboli.

 

Com isso, uma das principais preocupações dos investidores rurais, a emissão da licença ambiental, está sendo modernizada e ampliada. Nós últimos dois anos e meio, foram mais de 5.700 licenças ofertadas “Isso somente com boa vontade, equipes qualificadas e investimentos no setor. Investir em órgão ambiental é investir indiretamente em educação, saúde e segurança pública, porque sem a licença ambiental você não tem as outras licenças que se reparte para o restante do governo”, ressaltou.

 

Éboli também enfatizou que é preciso ainda uma maior mudança de comportamento por parte da população com relação aos cuidados ambientais. “Antigamente ninguém utilizava cinto de segurança nos veículos e hoje já é uma prática comum. Com a água é a mesma coisa. Precisamos para com a ideia de vassoura hidráulica onde as pessoas limpam as casas com a água ligada. O que há em abundancia leva um tempo muito maior para ter uma consciência de uso adequado”, explicou. O Mato Grosso do Sul é o segundo maior estado com disponibilidade de água.

 

Outro ponto de preocupação é o avanço das propriedades dentro do Pantanal. De acordo com o diretor-presidente do Imasul, as ações realizadas pelo órgão têm contribuído com melhores cuidados com o bioma. Mais de 85% da vegetação é nativa e para preservar ainda mais, o órgão criou um decreto destacando que as propriedades que estão dentro da área do Pantanal devem ter, no mínimo, 50% de área nativa.

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