O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realizou um encontro, na manhã desta quinta-feira (20), na Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul (Assomasul), com a participação de cerca de 50 prefeitos de todo o estado, para esclarecer a atuação do órgão no censo agropecuário, que tem previsão de início a partir de outubro deste ano.

 

A missão do Censo Agropecuário é realizar um levantamento do país com informações tirando retratos a cada dez anos, buscando conhecer a realidade estrutural e servir de base para uma variedade de estudos e pesquisas, seja por amostras ou conjunturais.

 

“É a única oportunidade que as pessoas tem a cada 10 anos para retratar a sua realidade. Quando sai o resultado do Censo um monte de pesquisadores analisam os números e começam a desenhar a realidade daquela localidade. Se alguma localidade não contar a sua realidade, esse pesquisador não vai observar que ali precisa de estrada, não precisa de mais investimentos, não vai gerar documentos que vai subsidiar o poder executivo e o poder legislativo que vão cobrar mais recursos para aquela localidade”, destacou o gerente-técnico do censo agropecuário do IBGE, Antonio Carlos Simões Florido.

 

Com previsão de lançamento no ano passado, os trabalhos do Censo Agropecuário precisaram ser adiados para este ano, já que o Governo Federal não repassou os recursos necessários para realizar o levantamento. Com o apoio dos parlamentares, que conseguiram o recurso financeiro por meio de emendas parlamentares para que o instituto pudesse levantar os dados, o IBGE terá pouco mais de R$ 500 milhões para serem destinados a infraestrutura e contratação de pessoal.

 

“Pedimos a ajuda dos municípios para que incentivem seus moradores da área rural a atender aos agentes do instituto e darem apoio logístico para que os técnicos possam colocar uma agência do IBGE, um posto de coleta, um local para acesso a internet”, disse o gerente-técnico.

 

De acordo com o presidente do IBGE, Paulo Rabello de Castro, o Censo Agropecuário 2017, chegará aos mais de cinco milhões de estabelecimentos rurais, com um maior nível de precisão nas respostas e um menor custo.

 

Na última terça-feira (18), na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, da Câmara dos Deputados, uma audiência pública discutiu a redução nos recursos orçamentários para a realização da pesquisa. Um censo detalhado custaria aproximadamente R$ 1,6 bilhão em três anos.

 

“Foram incluídas todas as perguntas que caracterizam a propriedade, as técnicas de produção, as dificuldades eventuais, o valor da produção, as despesas e obviamente o universo da agricultura familiar. Foram desconsideradas momentaneamente as perguntas de detalhamento”, disse Castro.

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